Crise: produção brasileira de veículos cai drasticamente no 1º trimestre de 2016; queda é de 27,8%

automovel_1003

A produção de veículos no Brasil despencou 27,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015. A indústria automotiva mantém esforços para reduzir estoques enquanto o mercado interno continua em queda sobre níveis vistos no ano passado.

O setor produziu 482,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus nestes primeiros três meses. O desempenho ficou abaixo da projeção da Anfavea para o ano, de alta de 0,5% na produção, para 2,44 milhões de unidades.

A produção só não recuou mais porque, aproveitando o cenário cambial mais favorável, as exportações de veículos montados tiveram um salto de 24% no primeiro trimestre, para 98.877 unidades.

Considerando apenas o mês passado, a produção teve queda de 23,7% sobre um ano antes, nível mais baixo para o mês desde março de 2004, quando a indústria produziu 185,5 mil veículos.

A Anfavea informou que a produção avançou 42,6% sobre fevereiro. Já as vendas no mercado interno tiveram baixa de 28,6% no trimestre sobre um ano antes, para 481,3 mil unidades, após 179,2 mil veículos novos licenciados em março.

O volume de vendas de março foi 23,6% abaixo dos emplacamentos do mesmo mês de 2015, mas avançaram 22,1% sobre fevereiro, que teve menos dias úteis que o mês passado.


Em outro vértice da crise há um sinalizador que aponta para o agravamento do cenário atual. A indústria encerrou março com 128.477 postos ocupados, queda de 8,8% sobre o mesmo período de 2015.

Em dezembro de 2008, quando Lula irresponsavelmente pediu aos brasileiros que incrementassem o consumo como forma de estimular a economia nacional e combater os efeitos da crise internacional, o UCHO.INFO afirmou que a conta em algum momento não fecharia. Um dos setores beneficiados pela redução do IPI foi o automotivo, que de forma inocente acreditou que a bolha na venda de automóveis novos duraria para sempre.

O momento doçura inventado por Lula e seus quejandos acabou em fel muito antes do previsto, levando amargor à indústria automobilística nacional, que agora está às voltas com a crise apenas porque confiou em um populista irresponsável e corrupto. De tal modo, a situação é merecedora da a famosa profecia “nunca antes na história deste país”.

apoio_04