Alarife profissional e um dos principais alvos da Operação Lava-Jato, o abusado Lula quer que o juiz federal Sérgio Moro seja investigado por escuta telefônica supostamente ilegal. Os advogados do lobista-palestrante acusaram Moro, na quarta-feira (6), de ferir a lei que regulamenta interceptação telefônica e pedem que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine que o magistrado seja investigado pelo Ministério Público Federal.
Que o objetivo dos defensores do quase ministro desejam tumultuar a investigações da Lava-Jato todos sabem, mas é no mínimo excesso ousadia alegar ilegalidade no âmbito das escutas telefônicas, se considerado o conteúdo criminoso dos diálogos mantidos pelo ex-metalúrgico com seus interlocutores, dentre eles de a presidente Dilma Rousseff.
A defesa do petista pede também que o STF envie o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para que sejam apuradas e analisadas eventuais infrações administrativas e disciplinares cometidas pelo juiz da Lava-Jato.
A queda de braços entre os advogados que defendem o desqualificado Lula e o juiz Sérgio Moro é motivada pela a interceptação de um número de telefone. Os defensores alegam que um dos números grampeados pela força-tarefa da Operação Lava-Jato pertencia ao escritório de advocacia que defende o ex-presidente, o Teixeira, Martins & Advogados, de propriedade de Roberto Teixeira, compadre de Lula.
A força-tarefa informou a Sérgio Moro que o número alvo de escuta telefônica estaria cadastrado na Receita Federal como sendo da empresa de palestras de Lula, a LILS, e que o registro foi modificado após a polêmica dos grampos, como “possível alteração de provas” para induzir a erro as autoridades que cuidam das investigações sobre o maior escândalo de corrupção de todos os tempos.
Em documento enviado ao Supremo, os advogados do petista afirmam que está em curso uma manobra para confundir a Corte e camuflar a ilegalidade ocorrida nas escutas telefônicas, ao mesmo tempo em que ressaltam que Moro foi alertado, por duas vezes, que o número monitorado pertencia ao escritório do “compadre” Roberto Teixeira.
Lula, que gazeteia Brasil afora na esteira do populismo barato, tenta se fazer de vítima, quando na realidade é o principal responsável pelo período mais corrupto da história nacional. Os advogados, por sua vez, tentam emplacar a muito custo uma farsa monumental, cujo objetivo maior é transformar em inocente um delinquente político conhecido.