Lava-Jato: delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez confirma custos bilionários das campanhas do PT

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No Brasil política se faz com muito dinheiro, como tem afirmado o UCHO.INFO ao longo dos últimos quinze anos. Que frequenta o universo político-eleitoral sabe que uma campanha presidencial com chances de sucesso não sai por menos de US$ 350 milhões. Nesse período, por diversas vezes afirmamos que o PT gastou verdadeiras fortunas para eleger seus candidatos presidenciais (Lula e Dilma Rousseff), sem que em nenhum momento tivesse ocorrido alguma manifestação contrária por parte dos atuais donos do poder.

No acordo de delação premiada celebrado com a Procuradoria-Geral da República, no âmbito da Operação Lava-Jato, o ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, afirmou que as empreiteiras envolvidas no Petrolão, o maior esquema de corrupção de todos os tempos, tinham o compromisso de doar R$ 100 milhões cada à campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Considerando que no Petrolão atuaram no primeiro escalão da roubalheira sete empreiteiras, o caixa da campanha petista embolsou R$ 700 milhões.

Azevedo disse aos procuradores da República que ouviu do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, que as sete empresas mais beneficiadas com contratos do governo federal tinham o compromisso de doar R$ 100 milhões. Por questões obvias, até porque esse é o procedimento padrão do PT diante de escândalo. Edinho não apenas nega ter conversado com Azevedo, como rejeita o recebimento do valor mencionado.

O esquema comandado pelo PT tinha grau de criminalidade tão elevado, que após repassar R$ 60 milhões ao partido, a Andrade Gutierrez foi cobrada por enviar o dinheiro sujo ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso na Lava-Jato. Pressionada de forma covarde, a empreiteira se viu obrigada a diferença (R$ 40 milhões) a Edinho Silva.


O dinheiro da propina que alimento os cofres bandoleiros do Partido dos Trabalhadores saiu do superfaturamento de obras bilionárias, como as da usina de Belo Monte, do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), da Ferrovia Norte-Sul, da Usina de Angra 3, e de estádios para a Copa do Mundo.

A Comissão Especial do Impeachment discute nesta segunda-feira (11) a admissibilidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff, mas os petistas negam de forma quase automática o não cometimento de crimes de responsabilidade pela presidente da República. Não há mais o que se discutir a respeito da necessidade de decretar o fim do mais corrupto governo da história brasileira, que já deu ao País motivos mais que suficientes para que Dilma seja apeada do poder.

A declaração do ex-presidente da Andrade Gutierrez – que certamente foi checada pela PGR, pois do contrário a delação não teria sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal – é razão inconteste para que a chefe do governo, fosse o Brasil um país sério, já estivesse presa e longe do Palácio do Planalto.

Diante de fatos que não podem ser contestados, os petistas surgem em cena com o discurso da repactuação, como se fosse possível sentar-se à mesa com um partido que age como organização criminosa, a ponto de causar inveja aos mais experientes mafiosos.

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