Impeachment: falando como porteiro de casa de alterne, Silvio Costa defende Dilma e ataca Temer

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Quando o assunto é discurso político, nada pode ser mais chulo e debochado do que a o palavrório rasteiro do deputado federal Silvio Serafim Costa (PE), do nanico PTdoB, um bajulador de primeira hora da combalida Dilma Rousseff. Dono de linguajar típico de porteiro de casa de alterne, Silvio Costa insiste em afirmar que o desgoverno petista tem mais de 200 votos contra o impeachment e que ao final a democracia vencerá. Como se o que a súcia petista pratica pudesse ser comparado à democracia.

É fato que cada qual fala o que quiser, pois a nossa Constituição ainda garante o direito do cidadão à livre manifestação do pensamento, mas não se deve confiar no que diz Silvio Costa, alguém que prefere fechar os olhos para a bandalheira oficial em troca de mimos governistas aqui e acolá. Afinal, política é negócio e mandato parlamentar no Brasil chega a envergonhar até mesmo a mais despudorada das quengas.

Na tarde deste sábado (16), antessala do “Dia D”, Silvio Costa subiu à tribuna da Câmara para mais um show de besteirol explícito. Ciente de que sua fala cai como luva sobre a massa ignara, no melhor estilo “pérolas aos porcos”, o deputado pernambucano disparou críticas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e ao presidente da entidade, Paulo Skaf, a quem ameaçou de forma clara, transformando a Câmara em saloon de faroeste.

Silvio Costa condenou o fato de a Fiesp ter publicado em vários jornais o nome e a foto de cada parlamentar contrário ao impeachment, o que na opinião do deputado é motivo suficiente para uma representação ao Ministério Público Federal, a quem cabe escarafunchar a origem do dinheiro usado para essa investida. O que o parlamentar parece não saber é que a Fiesp representa o setor produtivo do mais importante e rico estado da federação, que não mais suporta a bandalheira que diariamente desce a rampa do Palácio do Planalto.

Para justificar sua velada ameaça, Silvio Costa disse que Skaf está usando o dinheiro do trabalhador para custear essa campanha contra os defensores da presidente da República, que tenta salvar o cargo depois de ter perdido o poder. O adulador-geral da República, por conveniência, prefere não comentar os baderneiros de aluguel que participam de atos a favor do governo e contra o impeachment, pois se assim fizesse mandaria sua verborragia torpe para o ralo.

Costa, que defende o governo bandoleiro do PT a qualquer preço, não fala sobre o integrante do MST que foi preso nas proximidades do Congresso Nacional com R$ 20 mil em dinheiro dentro da mochila. Esse montante seria utilizado para pagar os inocentes que são embarcados em ônibus para, em troca de alguns tostões, protestar contra sequer sabem o quê. Mas a ordem é fazer barulho e repetir os mantras comunistas ensaiados à exaustão durante a viagem de ônibus.


Gazeteiro oficial que tem a missão de espalhar a mentira de que o governo vencerá a batalha do impeachment – por enquanto nenhum lado pode cantar vitória – Silvio Costa comprova que sua fala é inverídica ao insistir nos ataques a Eduardo Cunha. Ora, se o bando de Dilma está seguro em relação ao resultado da votação de domingo, não há razão trazer à lide o presidente da Câmara. Isso prova que o desespero no Palácio do Planalto é grande e continua aumentando.

Silvio Costa escancara sua submissão ao afirmar que Cunha foi “pego” pelas autoridades que atuam na Operação Lava-Jato, ao passo que a vez de Michel Temer não demora a chegar. Ou seja, para esse estafeta palaciano só Dilma e Lula é que representam a moralidade. Por certo o deputado não ouviu o conteúdo das conversas telefônicas de Lula, grampeadas pela Policia Federal com a devida autorização da Justiça.

Dilma atola de forma continua no maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, mas na opinião de Silvio Costa o bandido da vez é Michel Temer. Não que o vice-presidente seja um anjo barroco, até porque essa mercadoria não existe no almoxarifado da política nacional, mas é preciso olhar bem a posição dos dois pratos da balança. Como Costa é recompensado a enxergar o que convém ao criminoso que aí está, o País é obrigado a ouvir e ver um espetáculo de deboche explícito.

Por outro lado, Lula, o malandro comunista que vive como nababo, só não foi preso na Lava-Jato porque a força-tarefa apostou errado na linha do tempo, mas para Silvio Costa o delinquente do momento é Eduardo Cunha. O presidente da Câmara está longe de ser uma ode à moralidade, pelo contrário – Roberto Jefferson disse em seu retorno que se do bandido pelo qual ele mais torce – mas Costa é um dos escolhidos para aniquilar o pior adversário que Lula enfrentou ao longo da carreira.

Não se pode negar que Eduardo Cunha será varrido da política e acabará preso por conta das estripulias comentidas no escopo do Petrolão, mas o ainda presidente da Câmara não estará sozinho nessa fase acre da carreira. Terá como companhia o lobista-palestrante que não sabe de coisa alguma e que frequenta de maneira insistente um sítio que não é seu e que foi reformado apenas por conta da sua suposta notoriedade.

Quem leu o livro “O Poderoso Chefão”, de Mario Puzzo, e assistiu ao filme homônimo, dirigido por Francis Ford Copolla, sabe que Don Vito Corleone, interpretado no cinema por Marlon Brando, sempre era bem recebido pelos integrantes da própria quadrilha. Nesse enredo tupiniquim que ora tenta-se impor ao povo brasileiro, Silvio Costa no máximo conseguiria o papel de responsável pela bilheteria. Ou seja, figura menor pronta para tudo, inclusive para defender Dilma e Lula.

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