Crise econômica piora com o passar dos dias e anula o discurso milagreiro da ainda presidente Dilma

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Enquanto critica duramente o processo de impeachment de que é alvo e defende seu indefensável mandato, a ainda presidente Dilma Rousseff fala em eventual união de forças para tirar o Brasil do atoleiro em que se transformou a crise econômica. Ciente de que seu discurso é mentiroso e que a proposta de reverter o caos econômico é impossível no curto prazo, a petista não arreda o pé da Presidência da República, recrudescendo ainda mais a crise.

Para contrapor a fala de Dilma, os números da economia e as previsões de especialistas não deixam dúvidas acerca do tema. Divulgado nesta segunda-feira (2), como acontece semanalmente, o Boletim Focus, do Banco Central (BC), mostra que a economia brasileira balança à beira do precipício.

Pela oitava vez consecutiva, o mercado financeiro reduziu a perspectiva de inflação para 2016. Consultados na última semana, os analistas preveem que a inflação oficial, medida pelo Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano em 6,94%, contra 6,98% da estimativa anterior. Há um mês, a previsão era de IPCA na casa de 7,28%. Em relação ao próximo ano, principal foco do BC, a aposta dos economistas é de inflação de 5,72%, contra 5,80% da estimativa anterior.

É importante destacar que o recuo da inflação oficial não decorre de alguma ação acertada do governo do PT, mas de uma impressionante queda no consumo por parte dos cidadãos, movimento que tem levado ao fechamento de muitos negócios e à alta do desemprego em todo o País.


Com um cenário de inflação ligeiramente menor, mas ainda acima do teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo governo, os economistas preveem redução da taxa básica de juro, Selic, em meio ponto percentual em setembro próximo. Com isso, a Selic passaria dos atuais 14,25% ao ano, para 13,75%.

No tocante ao desempenho da economia nacional, os analistas do mercado financeiro revisaram para baixo mais uma vez as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Segundo os especialistas, o PIB deve encerrar o ano de 2016 com queda de 3,89%, contra 3,88% da previsão da semana anterior. Para 2017, a estimativa para o PIB apresentou ligeira melhora, saltando de crescimento de 0,30% para 0,40%. Sempre lembrando que para o final de 2017 faltam longos vinte meses.

Em relação ao mercado de câmbio, os analistas esperam que o dólar comercial encerre o corrente ano valendo %$ 3,72, ante R$ 3,80 do levantamento anterior. Há um mês, os economistas apostavam na de R$ 4,00 da moeda norte-americana.

Esse cenário de recuo da divisa estadunidense é prejudicial para a economia nacional, pois compromete a competitividade dos produtos verde-louros no mercado internacional, ao mesmo tempo em que facilita a entrada no País de importados. Isso não significa que o consumo poderá sofrer uma lufada de aquecimento por conta dessa queda do dólar, mas é um ingrediente perigoso que deve ser monitorado com muita atenção.

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