Governo sempre teve base de apoio para aprovar qualquer matéria, diz líder do PPS ao rebater Dilma

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Deputado federal pelo PPS do Paraná e líder da legenda na Câmara, Rubens Bueno disse, nesta segunda-feira (2), que os parlamentares do PT, não os da oposição, negaram, de forma preliminar, apoio à reforma da Previdência e ao ajuste fiscal. Bueno fez a declaração ao comentar a fala da presidente da República, Dilma Vana Rousseff, nas comemorações do 1º de Maio, em São Paulo, ocasião em que a petista acusou os oposicionistas de serem responsáveis pela crise econômica.

A presidente falou, em discurso no ato da CUT, sobre “reformas”, o que Rubens Bueno ironizou. “Quais reformas?”, questionou. Segundo o parlamentar, cabia à presidente enviar as propostas de reformas de que o Brasil tanto precisa e à “enorme” base governista no Congresso fazer a articulação para aprová-las. Mas isso não aconteceu, lamentou o líder do PPS.

“Foram os deputados do PT que se postaram, de cara, contra o ajuste fiscal e a reforma da previdência”, afirmou o líder. A oposição, disse ele, nunca “apostou contra o povo brasileiro”, conforme acusou Dilma. O governo tinha cerca de 400 deputados na base aliada, observou o parlamentar. “Poderiam aprovar o que quisessem e não o fizeram. Não venham, agora, culpar a oposição”.

“O que ela (Dilma) diz não tem valor porque não se sustenta. Basta lembrar o que ela disse na campanha de 2014, que a economia ia muito bem, e conferir o que se viu depois da eleição, essa crise histórica por que passa o Brasil”, lembrou Rubens Bueno.


De acordo com Rubens Bueno, o PT e o governo “não têm respeito à verdade e à gestão econômica do país”. Quem paga por isso, afirmou, são os brasileiros. “A oposição nunca deixou de cumprir seu papel e de apoiar o Brasil. Eles é que não tinham projeto de governo, de país, eles é que pensaram tão somente em um projeto de poder”.

Tentar encontrar um culpado pela crise econômica é prática corriqueira no PT. Poucos meses após assumir a Presidência da República, o agora lobista-palestrante Lula lançou a tese oportunista da “herança maldita”, que de forma inominada transferia de maneira prévia os problemas que surgiriam ao longo dos dois mandatos do ex-metalúrgico. Na ocasião, Lula já sabia da sua incompetência como governante, assim como era patente o apetite dos petistas pela roubalheira desenfreada.

O tempo passou e com a reeleição de Lula foi impossível manter a teoria obtusa da “herança maldita”, até porque a maldição, nesse caso específico, era obra do próprio reeleito. Sendo assim, os petistas adotaram a estratégia pífia de fazer comparações com a era FHC. Foi quando surgiu o bordão “nunca antes na história deste país”, como se Lula fosse um misto de Pedro Álvares Cabral com Messias.

Avançando na linha do tempo, a eleição de Dilma Rousseff obrigou a manutenção das ridículas comparações com o governo tucano, pois a petista, conhecida por sua incompetência, precisava desviar a atenção da opinião pública, que à época começava a se preocupar com o ufanismo barato de um governo paralisado e corrupto.

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