Cuba recebe primeiro cruzeiro dos Estados Unidos em mais de 50 anos

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O navio Adonia chegou nesta segunda-feira (2) a Havana, um dia após ter deixado o porto de Miami, na Flórida, em viagem histórica que inaugura a primeira linha de cruzeiros entre Estados Unidos e Cuba em mais de meio século.

Com 704 passageiros a bordo, o navio da empresa Fathom, subsidiária do grupo Carnival, atraiu o olhar de dezenas de curiosos, que se reuniram na avenida Malecón e na zona do antigo Castillo del Morro para presenciar sua entrada na baía de Havana após uma travessia de cerca de oito horas.

Na parte superior da embarcação foi possível ver grupos de passageiros que contemplavam as primeiras vistas da capital cubana nesta viagem inaugural e histórica.

Antes da partida, o presidente da Carnival, Arnold Donalds, declarou no porto de Miami que “entrar para a história e preparar um futuro melhor para todos é uma das maiores honras que uma empresa pode ter”. A Fathom deseja realizar dois cruzeiros por mês com destino a Cuba.


A empresa teve de superar diversos entraves burocráticos até Havana remover, na semana passada, as últimas restrições impostas aos cidadãos cubanos para realizar viagens marítimas rumo aos EUA ou a partir do território americano.

A partir de agora, os cubanos podem embarcar e desembarcar em seu país na condição de passageiros ou membros de tripulações de embarcações de cruzeiro ou de transporte de mercadorias.

Os americanos também estão aptos a viajar a Cuba, apesar de ainda serem obrigados a preencher os pré-requisitos das 12 categorias para a autorização das viagens – como desportivas, culturais, universitárias ou religiosas. A medida ainda é válida em razão do embargo que os EUA impõem a Cuba desde 1962, cuja remoção, defendida pelo presidente Barack Obama, ainda precisa ser aprovada pelo Congresso americano.

A Carnival é a primeira empresa autorizada por Washington e Havana a promover viagens entre os dois países desde a Revolução Cubana, em 1959. Ainda neste ano deverão ser reiniciados os voos regulares entre os dois países, o que deverá gerar novo impulso ao setor de turismo de Cuba. (Com agências internacionais)

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