Dilma acerta renúncia coletiva de ministros, mas aloprado tentou impedir Temer de nomear assessores

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Nada pode ser mais golpista do que a tentativa do PT de evitar o impeachment de Dilma Rousseff, a presidente que está prestes a ser afastada temporariamente por crimes de responsabilidade. Como temos afirmado neste noticioso, o pior perdedor é aquele que não reconhece a própria derrota e se recusa a aprender com os próprios erros.

No caso de Dilma, lutar pelo cargo é um direito irrevogável, mas é preciso que isso aconteça à sombra da coerência. O Brasil sangra na esteira de uma crise grave e múltipla, mas os petistas querem saber apenas de manter o poder.

Ao contrário do que alegam os palacianos e os aduladores de plantão da presidente da República, não há golpe em curso no País. Há, sim, o estrito do cumprimento da lei, algo que golpista com viés ditatorial odeia.

Para reforçar a tese de que seu afastamento é fruto de um golpe parlamentar, Dilma cobrou – e não poderia ser diferente – a renúncia coletiva dos ministros de Estado. Os colaboradores, sempre genuflexos e obedientes, por certo ladearão a presidente na encenação que terá lugar ao pé do Palácio do Planalto, com direito a vários integrantes de movimentos sociais gritando palavras de ordem.

Enquanto os palacianos ensaiam o jogo de cena, “camaradas” desesperados com a realidade dos fatos apelam para o absurdo. Na quarta-feira (11), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido do diretório do PT de Cidade Ocidental (GO) para impedir o vice-presidente Michel Temer de nomear e exonerar ministros a partir do momento em que assumir interinamente a Presidência da República.


Trata-se de mais uma irresponsabilidade com a marca estelar do PT, que busca a instalação do caos no País apenas porque a derrota é indigesta. Só mesmo um delinquente moral é capaz de acionar a mais alta Corte do Judiciário pleitear um absurdo sem precedentes.

O ministro Barroso, ao negar o pedido descabido, destacou em seu despacho que o diretório petista é desprovido de representatividade para fazer tal pleito, lembrando que o País ficaria “virtualmente acéfalo se o vice-presidente fosse impedido de exercer as funções privativas do Presidente da República”.

“Pela tese da inicial, o país ficaria virtualmente paralisado, já que não poderia ser administrado nem pelo Presidente afastado, nem pelo Vice-Presidente. De resto, a pretensão do impetrante significaria dar uma espécie de estabilidade aos atuais ministros de Estado, que eles não teriam na hipótese de não afastamento da chefe do Poder Executivo”, reforçou o ministro.

Em suma, ao PT não basta perder o jogo e ter dificuldades de reconhecer a derrota. É preciso inviabilizar qualquer tentativa legítima de tirar o Brasil e os brasileiros do atoleiro.

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