Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) comemorou a votação que contou com mais de dois terços do quórum do Senado pela aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e seu consequente afastamento por até seis meses, período em que será decidido o mérito do processo.
No entendimento do senador, após o fim da sessão no início da manhã desta quinta-feira (12), o número expressivo de votos dá margem para que o vice-presidente Michel Temer, agora presidente interino, foque o início de seu governo no atendimento das demandas que vieram das ruas.
“Um presidente que assume nesta condição não tem que ficar paparicando políticos e partidos. Tem que ter sintonia, fazer a tarefa de casa e cortar na carne, nos ministérios, nas mordomias, nos cargos comissionados. Mostrar para a população que não vamos mais conviver com esse modelo político-partidário”, defendeu Caiado.
O democrata também ressaltou que não foram os partido políticos os principais alavancadores do processo que resultou no afastamento da presidente. Este papel teria sido desempenhado pela sociedade civil organizada.
“A pauta não é do Democratas. Não é do PMDB. Não é de Temer. Ela foi construída pelos movimentos de rua e pela sociedade brasileira que durante um ano e meio realizou mobilizações com milhões em todo o país. Nós, o parlamento, fomos forçados a tomar uma decisão que foi induzida pela voz das ruas”, argumentou.
O clima deve ser de otimismo, mas não se pode fugir da realidade. Tirar o Brasil do caos exigirá paciência e determinação dos cidadãos de bem, assim como compromisso e desprendimento dos políticos, os quais não podem vincular a aprovação de medidas do governo no Congresso a cargos na máquina federal.
O País não mais suporta o equivocado presidencialismo de coalizão, invencionice petista cujo objetivo, ao longo de pouco mais de treze anos, foi autorizar e camuflar a corrupção desenfreada, que garantiu ao governo apoio quase incondicional no Parlamento.
Coalizão suplanta com folga o simples compromisso de apoiar um governo que tem a obrigação de virar o jogo e reverter o caos. Exige, sim, o empenho de cada cidadão para que a economia nacional reencontre o seu caminha, a esperança ressuscite e o direito de sonhar com dias melhores permaneça.