Signatários estudam como aplicar Acordo de Paris

(Patrik Stollarz - Getty Images)
(Patrik Stollarz – Getty Images)

Representantes dos países signatários do Acordo de Paris contra as mudanças climáticas deram início nesta segunda-feira (16) à primeira reunião convocada para tornar realidade os compromissos firmados.

O objetivo da conferência em Bonn, na Alemanha, é começar a definir os instrumentos que permitam alcançar a meta definida na capital francesa em dezembro passado: de que o aumento da temperatura média global ao fim do século se situe abaixo de 2º C graus em relação à era pré-industrial.

Após a adoção do acordo em dezembro por 195 países e pela União Europeia (UE) e a cerimônia de assinatura do texto em Nova York, em abril, começou o processo de ratificação em nível nacional. Até o momento, 17 países já deram tal passo.

O Acordo de Paris, com compromissos “ambiciosos, equilibrados e justos”, fixou a base da luta global contra as mudanças climáticas, mas agora é preciso construir sobre ela, afirmou a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, ao inaugurar a conferência em Bonn. Ela apontou ser fundamental avançar com a fixação dos preços para as emissões de CO2.


“Delicado equilíbrio”

Representantes de países emergentes e em desenvolvimento reiteraram no início na reunião a necessidade de respeitar o “delicado equilíbrio” alcançado. Eles instaram as nações industriais e desenvolvidas a liderar a luta contra o aquecimento global, por sua “responsabilidade histórica” e maior capacidade.

Christiana Figueres, secretária-geral da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas, elogiou o tom comprometido com que começou a reunião em Bonn, que se estende até 26 de maio. É cada vez maio a evidência científica do impacto do aquecimento global, e cada vez mais países veem uma oportunidade na luta contra o aquecimento global, apontou.

“Não temos outra opção além de acelerar” as medidas para limitar o aquecimento global, reiterou Figueres.

Neste fim de semana, a NASA revelou que o mês passado foi o mais quente nos registros que datam do século 20, sendo o sétimo mês consecutivo em que as temperaturas superam níveis recordes. (Com agências internacionais)

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