A farmacêutica alemã Bayer oferece US$ 62 bilhões pela norte-americana Monsanto

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O gigante grupo farmacêutico alemão Bayer apresentou uma oferta de 62 bilhões de dólares para comprar a empresa agroquímica norte-americana Monsanto, anunciou a companhia nesta segunda-feira (23).

A Bayer ofereceu US$ 122 por cada ação da Monsanto. Caso o negócio se concretize, a empresa se tornará o maior fornecedor mundial de herbicidas e sementes.

A notícia repercutiu na Bolsa de Frankfurt, que abriu em queda. As ações da Bayer caíram mais de 3% na manhã desta segunda-feira. Analistas do mercado financeiro consideram a oferta da Bayer “bastante alta”.

O faturamento do grupo aumentaria para cerca de 60 bilhões de euros com a fusão. Atualmente, a Bayer detém faturamento de 46,3 bilhões de euros. O número de empregados passaria de 117 mil para 140 mil.


Após rumores, a Bayer confirmou na última semana que pretendia adquirir a estadunidense Monsanto. Caso a oferta for levada adiante, o processo de aquisição terá de ser aprovado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos. A proposta deve encontrar resistência por causa do domínio da nova empresa no setor de sementes e herbicidas.

De acordo com o jornal “The Wall Street Journal”, a Bayer e a Monsanto passariam a controlar, juntas, 28% das vendas de herbicidas no planeta. Ambas as empresas também seriam fortes no mercado de sementes de cereais e de soja nos Estados Unidos.

O fato de a Monsanto ser forte nos EUA, e a Bayer, na Europa e na Ásia, pode servir como um bom argumento para a aprovação da fusão. Em 2016, a Monsanto tentou adquirir a concorrente suíça Syngenta, que ao final ficou nas mãos de empresários chineses.

A empresa dos EUA é a fabricante do controverso herbicida glifosato, muito criticado por ambientalistas e suspeito de provocar câncer. A licença para o uso da substância na União Europeia acaba no fim de junho, mas a renovação está sendo analisada pelas autoridades europeias. (Com agências internacionais)

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