Encerrado o tour esquerdista por Lisboa, Gleisi destaca importância de denunciar o golpe no Brasil

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) voltou muito satisfeita do tour bolivariano que permitiu a um grupelho de senadores petistas denunciar em Lisboa o suposto “golpe de Estado” que teria acontecido no Brasil. Aliás, a senadora paranaense não tem motivos para insatisfação. Além de denunciar o ‘golpe’, Gleisi e seus comparsas de brava viajaram de “classe executiva” (R$ 11 mil por cabeça), com direito a bebericar champagne, hospedagem em hotéis cinco estrelas, experimentar a gastronomia local nos melhores restaurantes da capital portuguesa.

Essa festiva campanha de difamação do Brasil no exterior foi bancada pelo contribuinte brasileiro, que ao longo dos anos vem financiado inutilidades caríssimas, como a participação brasileira na Eurolat.

No balanço que fez da caravana dos senadores, apelidada de “champagne com bacalhau”, dadas as delícias gastronômicas a que se dedicaram os denunciadores do ‘golpe’, Gleisi conta vantagem, como se a incursão tivesse sido bem sucedida.

“Foi muito importante a presença da delegação brasileira no encontro da EuroLat, em Portugal.E é preciso deixar claro que não fomos lá apenas para denunciar o golpe ou falar da situação brasileira, mas todos demonstraram enorme preocupação com o afastamento da Presidenta Dilma e o porquê desse processo de impeachment. A democracia brasileira e o que acontece no nosso país interessa ao mundo, particularmente à América Latina.”

A exemplo do que sempre faz em suas manifestações públicas, Gleisi não diz uma única palavra sobre as gravíssimas acusações de corrupção em que está envolvida. Foi denunciada por corrupção por cinco delatores da Operação Lava-Jato e indiciada, juntamente com o marido (o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva), por corrupção passiva. Um dos delatores deu detalhes sobre as entregas de R$ 1 milhão à senadora. Mas tudo isso é detalhe, na opinião de Gleisi Hoffmann, pois o importante foi denunciar o “golpe” e curtir a culinária e as adegas portuguesas.


Entre o que a senadora petista afirma e a realidade dos fatos há uma enorme distância. Afirmar que foi importante denunciar o suposto “golpe de Estado” ocorrido no Brasil mostra o nível da parlamentar que chefiou a Casa Civil e que um dia sonhou em substituir Dilma Rousseff na Presidência da República.

Deixando de lado a sandice que marcou a caravana esquerdista em terras lisboetas, a participação do grupo de senadores sequer mereceu destaque na imprensa portuguesa. Quando muito uma menção esmaecida, pois sabem os portugueses que a tese do golpe é mais um devaneio da esquerda verde-loura, que teme pela descoberta dos muitos crimes cometidos pelo PT nas entranhas do poder.

O UCHO.INFO consultou alguns portugueses sobre a passagem dos senadores brasileiros pelo país europeu, mas as respostas ficaram entre o desconhecimento e a galhofa.

No momento em que dois terços da população brasileira – portanto, a extensa maioria – cobrou o fim do governo mais incompetente e corrupto da história nacional, financiar uma caravana obtusa como a liderada por Gleisi é não apenas improbidade administrativa, mas colocar fogo no suado dinheiro do cidadão.

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