Petrolão: dinheiro da corrupção elegeu líderes partidários, financiou amantes e contratou prostitutas

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Com base nos muitos depoimentos de Alberto Youssef, doleiro do Petrolão e primeiro delator da Operação Lava-Jato, e o acordo de colaboração premiada de Pedro Corrêa, ex-deputado federal e ex-presidente do PP, o Ministério Público Federal está prestes a desvendar um esquema criminoso que deu o tom da política no Congresso Nacional durante muitos anos.

De acordo com declarações de Corrêa, as quais confirmaram as muitas notícias exclusivas do UCHO.INFO, o dinheiro do Petrolão não serviu para alimentar caixa 2 de campanha eleitoral, mas para comprar apoio no Parlamento. Essa operação criminosa só foi possível porque o então presidente Lula consentiu com o esquema de corrupção arquitetado por José Janene, já falecido.

O dinheiro da corrupção por certo recheou os bolsos de muitos políticos, mas também serviu para financiar a eleição de líderes partidários e presidentes de Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

Diferentemente do que pensa a maioria da população, a liderança de um partido político no Congresso representa muito mais do que poder. Quem entra na briga pela vaga o faz porque sabe da possibilidade de realização de negócios em nome da legenda, assim como escambos acintosos com o Palácio do Planalto, que na última década precisou apelar a esse expediente como forma de garantir a continuidade do governo. As negociações com o governo não significam dinheiro vivo na mão, mas garante cargos na máquina federal que viabilizam recursos financeiros ilegais.


Para que o leitor consiga avaliar a extensão do crime, chegar à liderança de um partido médio na Câmara dos Deputados pode custar R$ 2 milhões ou mais. O dinheiro é distribuído pelo candidato que tem maior liquidez, o que nem sempre é garantia de investimento do próprio bolso. Nos últimos anos, as disputas pelas lideranças partidárias nas legendas da outrora base aliada teve, em muitos casos, dinheiro do Petrolão garantindo a vitória de algum candidato ao posto.

No momento em que a força-tarefa da Lava-Jato cruzar as informações prestadas por Alberto Youssef e Pedro Corrêa o enigma estará decifrado. Se a Procuradoria-Geral da República solicitar o mapa das eleições dos líderes dos partidos no Congresso Nacional nos últimos dez anos, comparando-o com dados das investigações da Lava-Jato, as autoridades certamente se depararão com um intrincado esquema de corrupção, capaz de fazer inveja às mais experientes organizações criminosas.

Além disso, o dinheiro do Petrolão serviu para muitos políticos financiarem dezenas de campanhas eleitorais Brasil afora, que garantiram aos financiadores apoio em disputas no Parlamento.

Não bastasse o escárnio acima descrito, o dinheiro que brotou do maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, foi usado na manutenção de amantes, contratação de prostitutas, jantares nababescos, viagens paradisíacas aos familiares dos envolvidos no crime, entre outras tantas benesses.

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