Durante a primeira fase do processo de impeachment, que até o momento resultou no seu afastamento da Presidência da República, Dilma Rousseff sempre afirmou que tratava-se de um golpe parlamentar e que a eventual chegada do vice Michel Temer ao comando do País representaria uma séria ameaça aos direitos dos trabalhadores, como se a petistas não tivesse ultrajado as promessas que fez na corrida presidencial de 2014.
Se há no Brasil alguém que violou de maneira covarde os direitos dos trabalhadores, essa pessoa foi Dilma Vana Rousseff, agora afastada, que a reboque de uma política econômica suicida impôs ao País a mais grave crise de todos os tempos, com direito a recessão e outros efeitos colaterais.
Enquanto a presidente afastada e seus defensores continuam a vociferar sandices na tentativa de retomarem o Palácio do Planalto, os números da economia não mentem e revelam um cenário de terra arrasada. Algo típico dos esquerdistas radicais, que ao longo do tempo se especializaram em socializar a miséria e o caos.
Nesta terça-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e mais uma vez a radiografia do mercado de trabalho mostrou-se assustadora De acordo com o levantamento do IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em abril ficou em 11,2%. Trata-se do pior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
No mesmo período de 2015, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,0%. No primeiro trimestre deste ano, o resultado foi de 10,9%. Atualmente, o Brasil tem 11,4 milhões de desempregados.
É importante ressaltar que são considerados desempregados aqueles que procuram uma vaga de trabalho e não encontram. Ou seja, os que não procuram porque desistiram da carestia ou não têm condições para tanto são ignorados na pesquisa. Sem contar massa de trabalhadores que vivem na informalidade e os que partiram para a condição de pequeno empreendedor como alternativa de sobrevivência.
No quesito remuneração, Dilma também patrocinou um considerável desastre na vida dos cidadãos. Segundo o IBGE, a renda média real do trabalhador foi de R$ 1.962 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa queda de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Quando engrossava a ruidosa oposição, condição que retomou no vácuo do afastamento de Dilma, o PT sempre se valeu das pesquisas do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para turbinar a gritaria. O mesmo DIEESE sugere que o salário ideal deveria ser de R$ 3.399,22, ou seja, 73% maior do que a renda média apontada pelo IBGE.
Na comparação com o salário mínimo, que para os petistas é uma enorme conquista, a situação é desesperadora. O piso nacional equivale a 25,8% do salário ideal calculado pelo DIEESE. Lembrando que, segundo IBGE, dois terços da população brasileira recebem menos de dois salários mínimos por mês.
Apesar dessa enxurrada de conquistas negativas dos trabalhadores, Dilma não se avexa em lutar pelo seu retorno, alegando que é preciso dar continuidade às conquistas e ao legado dos governos do partido que já foi comparado a uma organização criminosa. Enfim…