Inflação avança em maio, acumula 9,32% em 12 meses e reforça a incompetência de Dilma

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Quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff ganhou ritmo mais acelerado na Câmara dos Deputados, integrantes da tropa de choque da petista permitiram-se ao absurdo de afirmar que a presidente corria o risco de ser afastada no momento em que a economia do País começava a entrar nos trilhos do crescimento. Não se pode negar o direito desses proxenetas da política nacional fazerem defesa tão irresponsável de Dilma, mas é impossível acreditar em tese vazia, mentirosa e descabida.

Contrariando o cipoal de discursos insanos, a economia brasileira mais uma vez dá sinais da grave crise que chacoalha o País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (8), mostram que a inflação oficial, medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou mais uma vez e atingiu a marca de 0,78% em maio, após alta de 0,61% no mês anterior.

Analisando apenas o mês de maio, o índice é o maior desde 2008, quando bateu na casa de 0,79%. No acumulado do ano (janeiro a maio), o IPCA acumula alta de 4,05%, muito acima dos 3,25% registrados até abril. Na somatória de doze meses, a inflação oficial é de 9,32%, acima o índice de 9,28% verificado em abril. Em maio de 2015, o IPCA registrou avanço de 0,74%.

Economistas e especialistas do mercado financeiro trabalham com um cenário em que até o final deste ano o IPCA recue para 7,12%, informação que consta da última edição do Boletim Focus, do Banco Central.


Entre as previsões e a realidade dos fatos há uma considerável diferença, que aumenta de tamanho de acordo com algumas condicionantes. A principal delas é a instabilidade política, que enquanto no campo da indefinição dificulta sobremaneira o desatamento do nó econômico.

Enquanto não houver uma definição sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, decisão que cabe aos senadores, os investidores continuarão olhando para o Brasil com doses extras de desconfiança. Uma coisa é o governo interino, outra é o eventual retorno de Dilma ao Palácio do Planalto. Contudo, em ambas as situações as incertezas são enormes.

Muito além do afastamento de Dilma Rousseff – que também representa o sepultamento do governo mais corrupto da história nacional –, está em jogo o futuro da economia brasileira, que não pode continuar na vala da recessão, sob pena de o País mergulhar em um cenário de caos de difícil reversão.

Só se pode pensar em um país no longo prazo, mas algumas decisões devem ser imediatas. A primeira delas é confirmar o impedimento de Dilma e a consequente suspensão dos seus direitos políticos. A segunda, imediata e subsequente, é desanuviar a economia. Do contrário, “bye, bye Brasil”.

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