Crise: economistas preveem avanço da inflação e queda menor do PIB em 2016

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O primeiro Boletim Focus da era Ilan Goldfajn mostra que o novo presidente do Banco Central terá muito trabalho pela frente. Isso porque os economistas consultados pelo BC revisaram as apostas e agora projetam inflação maior em 2016.

De acordo com os especialistas, o Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o corrente ano em 7,19%, contra 7,12% da previsão anterior. Isso mostra que a inflação oficial fechará 2016 muito acima do centro da mete estabelecida pelo governo, que é de 4,5%.

Por conta desse cenário de inflação, a previsão para a taxa básica de juro, a Selic, saltou de 12,88% párea 13% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25%. Ou seja, o crédito ao consumidor continuará elevado, prejudicando a retomada do consumo e contribuindo para o fechamento de empresas.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os analistas do mercado financeiro preveem recuo de 3,60% em 2016, contra -3,71% da estimativa anterior. Para o próximo ano, os economistas trabalham com crescimento do PIB na casa de 1%, contra expansão de 0,85% apontada no levantamento divulgado na última semana. Trata-se da terceira semana seguida de elevação do PIB.


Os números divulgados pelo Boletim Focus não deixam dúvidas acerca do estrago provocado na economia nacional pela presidente afastada Dilma Vana Rousseff, que continua defendendo não apenas o seu retorno ao palácio do Planalto, mas a equivocada política econômica que levou o Brasil à pior crise de sua história.

A situação piora quando a crise econômica encontra a crise política, que é igualmente assustadora. A questão envolvendo as contas públicas, que depende de aprovação do Congresso Nacional, é considerada o passo inicial de um longo e árduo processo de recuperação. Sem essa aprovação a crise verde-loura há de continuar por mais algum tempo com a força que exibe atualmente.

De tal modo, os brasileiros de bem devem pressionar os parlamentares para que aprovem as matérias necessárias para a retomada da economia, sem exigir do governo interino de Michel Temer qualquer tipo de contrapartida, como vem acontecendo nos bastidores de maneira acintosa e covarde.

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