De todos os vexames que a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) coleciona no patético papel de defensora da ‘presidenta’, nenhum foi mais constrangedor do que o enfrentado na terça-feira (14), ao tentar intimidar um técnico do Tribunal de Contas da União (TCU) que demonstrava, na Comissão Especial do Impeachment, os crimes e irregularidades cometidos por Dilma Rousseff no exercício de sua desastrosa gestão.
Gleisi foi enquadrada de forma humilhante, na Comissão do Impeachment do Senado Federal, pelo secretário de “macro avaliação governamental”, Leonardo Rodrigues Albernaz, que, em uma intervenção magistral, desnudou em público o tamanho do despreparo e da ignorância da senadora.
Parlamentar mais implicada nos escândalos investigados pela Operação Lava-Jato (denunciada por cinco delatores e indiciada, juntamente com o marido, por corrupção passiva), Gleisi tenta da forma mais incompetente possível demonstrar a inocência de Dilma, que permanece afastada da Presidência e vociferando o discurso do golpe.
O papelão de Gleisi ocorreu quando a senadora tentou insinuar que os relatórios produzidos pelo TCU não seriam isentos e teriam sido movidos pelo desejo “golpista” de comprometer a ‘presidenta’ em nome de supostos interesses inconfessáveis.
Leonardo Rodrigues Albernaz desmontou essa argumentação tosca e de má fé com um banho de informação técnica e objetiva. Destacou que as irregularidades, ilícitos e crimes cometidos por Dilma, foram constatados por 50 auditores e, depois, confirmados por mais de cinco acórdãos. “Em 2014 tivemos a gestão mais temerária das finanças públicas brasileiras desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada”.
Albernaz fulminou Gleisi lembrando ainda que “quando mais de 50 auditores, todos concursados e com liberdade de opinião, fundamentados por 5 acórdãos, chegam à mesma conclusão, é difícil imaginar [como a senadora queria insinuar] que esses técnicos poderiam ser influenciados por quem quer que seja”.