Austrália exige reforço de segurança para Jogos Olímpicos do Rio após atleta ser assaltada

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Após uma atleta paraolímpica da Austrália ter sido assaltada no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Australiano exigiu nesta terça-feira (21) que a cidade reforce imediatamente a segurança antes que algo mais grave aconteça.

“Exigimos que o número das forças de segurança seja revisto e que elas sejam destacadas antecipadamente, especialmente perto das instalações de treinos e competições”, disse a chefe de missão da equipe olímpica australiana, Kitty Chiller.

Os pedidos constam de carta enviada ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e para o comitê organizador da Rio 2016, mas é importante que a equipe olímpica australiana acostume-se com essa realidade, que se repete em várias cidades brasileiras, pois é impossível que em pouco mais de quarenta dias algo seja feito para inibir a violência.

A velejadora paraolímpica australiana Liesl Tesch e a fisioterapeuta Sarah Ross foram assaltadas no último domingo (19) no Aterro do Flamengo, zona turística do Rio e local de treinamento de vários atletas. A dupla foi abordada por dois homens armados, que levaram suas bicicletas.

Em entrevista a uma emissora de televisão australiana, Tesch disse que o assaltante apontou a arma em sua direção e a empurrou. A atleta chegou a cair no chão. “Foi absolutamente horrível. Nós estamos abaladas, mas fisicamente bem”, relatou.


“Não foi um incidente isolado. Chegou o momento de tomar medidas para garantir a segurança a todos os membros de nossas equipes que forem ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos”, ressaltou Chiller.

Além de Tesch, o velejador espanhol Fernando Echavarri foi assaltado na cidade por homens armados no mês passado e, no início de junho, a atleta de tiro brasileira Anna Paula Desborusses foi baleada na cabeça ao tentar fugir de um assalto.

Medidas extras

Após o incidente, o Comitê Olímpico Australiano decidiu ainda contratar empresas de segurança privadas e está cogitando ampliar a proibição imposta a atletas de visitar favelas para outras áreas da cidade e impor um toque de recolher.

Chiller disse que os atletas foram orientados sobre como agir em casos de assalto. Entre as recomendações, está entregar os pertences e não reagir.

“Se estamos levando 750 pessoas no nosso time, queremos que as 750 pessoas voltem a salvo e em segurança”, reforçou Chiller.

Os organizadores dos Jogos Olímpico no Rio de Janeiro planejaram 85 mil policiais para patrulhar a cidade, o dobro do número usado em Londres no evento de 2012. (Com agências internacionais)

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