Após prisão de Paulo Bernardo, o alarife Lula determinou reação imediata da bancada do PT no Senado

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A prisão do ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, marido da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), na Operação Custo Brasil causou muita preocupação na cúpula do Partido dos Trabalhadores. Isso porque o staff petista sabe que Bernardo não é dos mais corajosos e resistentes, o que aponta na direção de eventual acordo de colaboração premiada, caso a prisão preventiva não seja revogada pela Justiça.

Diante do cenário de fragilidade e tentando demonstrar que não abandonará o “companheiro”, Lula, o lobista-palestrante, determinou aos senadores do PT e aos integrantes da tropa de choque de Dilma Rousseff se reunissem para estabelecer a defesa da presidente afastada, assim como de Gleisi Hoffmann.

Lula conversou com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e exigiu da bancada do partido reação imediata no Senado. A situação é tão grave, que Gleisi chegou a comunicar alguns colegas de parlamento sobre seu desejo de licenciar-se do mandato. Afinal, a petista terá muito a fazer nos próximos meses, caso o marido continue atrás das grades, como esperam as autoridades.


Gleisi Hoffman, que retornou de viagem oficial ao Uruguai na noite de quarta-feira (22), pediu para não participar das oitivas de hoje da Comissão Especial do Impeachment, que está na enfadonha missão de ouvir as quarenta testemunhas de defesa arroladas pela presidente afastada.

Lula conversou várias vezes com Lindbergh Farias, pois sabe que os efeitos colaterais da Operação Custo Brasil serão devastadores e podem mandar o PT pelos ares em tempo muito mais curto do que se previa.

Os argumentos dos senadores da tropa de choque é que “não podem baixar a cabeça na comissão de impeachment”, ao mesmo tempo em que temiam que a sessão da Comissão do Impeachment fosse comandada pela senadora Ana Amélia (PP-RS), considerada radical pelos esquerdistas, mas que na verdade é uma fiel cumpridora da lei e do Regimento Interno do Senado.

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