Operação Custo Brasil tem ponto de conexão com a Satiagraha e leva à roubalheira de Santo André

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A Operação Custo Brasil, desdobramento da 18ª fase da Operação Lava-Jato (Pixuleco 2), atirou no que viu, mas alvejou o que não viu. Quando na mira está uma organização criminosa, como a que foi alvo operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), esse tipo de situação é considerado normal, até porque é difícil detectar todos os tentáculos dos bandidos.

Quem conhece a estrutura da corrupção no Brasil e acompanha seus imundos escaninhos não demorou a perceber que em pelo menos um ponto a Operação Custo Brasil tem conexão com a Operação Satiagraha, que mandou para a prisão algumas figuras conhecidas da malandragem nacional, mas que acabou anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por causa de transgressões cometidas no decorrer das investigações.

Quando o UCHO.INFO afirmava que os recentes escândalos de corrupção no Brasil eram conexos e tinham como nascedouro a roubalheira institucionalizada em Santo André, que acabou com a trágica morte de Celso Daniel, então prefeito da importante cidade do Grande ABC, o editor deste portal foi alvo das mais covardes acusações.

Fossem slides de uma apresentação visual, os escândalos de corrupção, se sobrepostos, certamente apresentariam pontos coincidentes. Até porque, em muitos casos os protagonistas se repetem, mesmo que nos bastidores e de forma mais ou menos atuante.


Um aprofundamento nas investigações sobre os personagens da Operação Custo Brasil certamente remeterá à Satiagraha, que alçou à mira principal um conhecido banqueiro oportunista, cujo nome este portal está proibido de citar por conta de arbitrária decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

Chegando à Satiagraha pelo atalho da “Custo Brasil”, os policiais federais certamente encontrarão um caminho que leva ao Mensalão do PT e às manobras do outrora publicitário mineiro Marcos Valério, condenado à prisão na Ação Penal 470, que agora negocia acordo de delação no âmbito do escândalo de corrupção conhecido como “Mensalão Tucano”. Em outro ponto surge uma passagem para o universo canhestro dos fundos de pensão, que no momento são alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito em curso na Câmara dos Deputados.

Nesse ponto dos fundos de pensão há uma figura que foi próxima a Lula, o finado Luiz Gushiken, que segundo Henrique Pizzolato foi responsável por ordenar o repasse de recursos do Banco do Brasil para as contas bancárias das empresas de Marcos Valério. A partir desse enxadrismo chega-se com certa facilidade a próceres petistas, os quais estiveram diretamente envolvidos no esquema de corrupção que extorquia empresários de Santo André.

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