CPI do CARF: deputados usam filho de Lula para blindar bancos e empresários investigados pela PF

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Um acordo entre deputados da base e oposição na CPI do CARF, na Câmara dos Deputados, está atrapalhando a convocação os grandes industriais e banqueiros alvos da Polícia Federal na Operação Zelotes, que investiga compra de decisões no órgão e de medidas provisórias que favoreceram empresas do setor automobilístico.

Seguindo o acordo velado, deputados da base do atual Governo apresentam requerimentos de convocação de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula e alvo da Zelotes, em todas as sessões da comissão, e o PT e aliados derrubam.

Luís Cláudio é investigado por ter recebido dinheiro da sociedade Marcondes e Mautoni, escritório de lobby que atuou na compra de medida provisória em favor de uma montadora de veículos. O filho de Lula, por sua vez, alega ter sido contratado para consultoria na área de marketing esportivo, o que não convenceu os investigadores.


No jogo combinado, como são muitos pedidos, a fila não anda e há seis sessões a pauta da comissão trava. A reunião termina antes da análise de outras convocações. Na sessão de terça-feira (21), por exemplo, a CPI novamente não avaliou as convocações de André Gerdau, Luiz Trabuco (Bradesco), Joseph Safra, entre outros citados pela PF na Operação Zelotes.

Entre os envolvidos protegidos estão os executivos de empresas alvo da investigação como TIM, Hipermarcas, Santander, Hyundai-CAOA, Ford e BR Foods.

Quem comanda a tropa que blinda os banqueiros e empresários são: Heráclito Fortes (PSB-PI), Arlindo Chinaglia (PT-SP), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Baldy (PTN-GO) e Carlos Sampaio (PSDB-SP).

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