Por volta das 22h30 (horário francês), um caminhão avançou sobre parte da multidão que acompanhava uma queima de fogos de artifício, em comemoração ao Dia da Bastilha, na famosa Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), na Riviera Francesa.
O presidente da França, François Hollande, afirmou na madrugada desta sexta-feira (15), em Paris, que “o caráter terrorista” do ataque com um caminhão em Nice “não pode ser negado”. Em curto pronunciamento na televisão, o chefe de Estado disse ainda que prorrogará por mais três meses o estado de emergência que vigora na França desde os atentados de 13 de Novembro.
Ainda à tarde, Hollande havia dito que o estado de emergência terminaria no próximo dia 26 de julho, depois de já ter sido prorrogado três vezes pelo Parlamento, fruto do atentado de Paris, em novembro, que deixou 130 mortos e dezenas de feridos.
“A França como um todo está sendo atacada pelo terrorismo islâmico”, afirmou Hollande. “Vamos mostrar a mais absoluta vigilância e determinação. Temos de fazer de tudo para lutar contra o flagelo do terrorismo.”
O presidente afirmou que 77 pessoas morreram no ataque em Nice, incluindo crianças, e que há cerca de 20 pessoas em estado crítico. O motorista, natural de Nice e de origem tunisiana, de 31 anos foi morto pelos policiais, mas seu nome ainda não foi divulgado. As autoridades desconhecem se o terrorista agiu de forma isolada ou se tinha cúmplices.
“As forças de segurança serão reforçadas com mobilização policial e militar. Por isso decidi chamar todos os elementos que estão na reserva para ajudarem no reforço de segurança, em particular para o controle das fronteiras”, anunciou Hollande.
O presidente francês também afirmou que o país reforçará as ações na Síria e no Iraque, como forma de combater as bases do grupo terrorista que vem amedrontando o Ocidente. “A França chora, mas é forte”, completou.
A situação de François Hollande não é das mais confortáveis quando o assunto é terrorismo, pois em apenas um ano e meio a França foi alvo de três atentados (Charlie Hebdo, Bataclan e Promenade des Anglais), os quais deixaram ao todo, por enquanto, quase 230 mortos, número que pode aumentar com o passar das horas.
