Crítico de teatro e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Sábato Antonio Magaldi morreu na noite de quinta-feira (14), em São Paulo, aos 89 anos.
Magaldi estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Samaritano, na capital paulista, desde o dia 2 de julho com quadro de infecção generalizada e comprometimento pulmonar.
Membro da ABL desde 1995, onde ocupava a cadeira de número 24, o crítico também é reconhecido pelo trabalho como jornalista e professor de teatro.
Mais do que um crítico de teatro, Magaldi foi um grande entusiasta da arte. Teatrólogo, ensaísta e historiador, Sábato Magaldi foi professor titular de História do Teatro Brasileiro da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Lecionou também, durante quatro anos, na Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle) e na Universidade de Aix-en-Provence.
Mineiro de Belo Horizonte, Magaldi foi um dos mais reconhecidos organizadores da obra do dramaturgo Nelson Rodrigues, de quem era amigo, e foi responsável pela classificação das peças de acordo com tema e gênero (Tragédias Cariocas, Peças Míticas e Peças Psicológicas). Os prefácios às peças são impressionantes ensaios sobre a obra de Nelson Rodrigues.
Vencedor do Prêmio Machado de Assis (1990), Sábato Magaldi escreveu, entre tantos livros, “Panorama do Teatro Brasileiro” (2001), uma das mais importantes obras sobre a historiografia cênica brasileira. Foi o primeiro secretário de Cultura de São Paulo, a convite do então prefeito Olavo Egydio Setúbal.
O velório de Magaldi começa por volta das 12 horas desta sexta-feira (15) no cemitério Memorial Parque Paulista, onde o corpo será cremado às 15 horas. O cemitério está localizado à Rua Doutor Jorge Balduzzi, Jardim Mimás, Embu das Artes (Grande São Paulo).