Gleisi mistura adereço de grife de luxo com imagem de Che Guevara em visita a assentamento do MST

gleisi_hoffmann_1061

A senadora Gleisi Helena Hoffmann transformou um lenço da famosa grife Louis Vuitton, que custa R$ 2,4 mil (quase três salários mínimos ou 13 sestas básicas) em sua marca registrada para suas visitas a assentamentos do MST, cada vez mais frequentes.

Na última visita aos “companheiros” sem terra, na segunda-feira (25), a senadora deixou-se fotografar usando o lenço ao lado de foto do guerrilheiro Ernesto Che Guevara. Imagem que certamente daria subsídio para a composição de um autêntico samba da petista doida.

Mais grave que a falta de bom senso e de humilhar pessoas pobres exibindo símbolos exagerados de luxo e desperdício, é o local onde se deu essa nova demonstração de bizarrice da senadora: no assentamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu. Essa invasão é uma das mais daninhas e perversas já perpetradas pelo MST.

Quedas do Iguaçu, cidade de 32 mil habitantes, vive um regime de terror por causa dos sem-terra há mais de uma década. O movimento criou uma vendeta com a Araupel, empresa que opera no ramo de reflorestamento, exporta madeira beneficiada e emprega mais da metade da cidade. O MST alega existir pendências (comprovadamente falsas) com a posse da terra explorada pela empresa, ataca a Araupel, seus funcionários e aterroriza os moradores da cidade.

A ousadia e a violência dos sem-terra aumentaram muito desde que o PT chegou ao poder. A iminência do impeachment de Dilma Rousseff tem levado essa violência a extremos assustadores. O temor em Quedas do Iguaçu é de que o MST tenha decidido partir para o terrorismo ambiental puro e simples, provocando grandes incêndios.


Os moradores da cidade e os funcionários da Araupel temem que um desses incêndios criminosos se transforme em uma catástrofe incontrolável capaz de inviabilizar a atividade econômica de toda a região, baseada no reflorestamento.

Em Quedas do Iguaçu, os sem-terra criaram uma espécie de estado paralelo, no qual as leis brasileiras simplesmente não existem. O MST invadiu e mantém dois ‘assentamentos’ dentro da área da Araupel (um deles visitado por Gleisi com seu lencinho chique). Nele os integrantes do movimento mantêm escolas de guerrilha, usam armas pesadas, caçam animais silvestres, roubam madeira, assaltam moradores, sequestram jornalistas e intimidam a população. Os moradores e funcionários vivem um permanente estado de terror.

Além da violência física por parte dos sem-terra, existe o medo de que esse ciclo de violência termine com o fechamento da empresa, o fim dos empregos e a ruína da cidade. Os abusos do MST em Quedas do Iguaçu têm propiciado um grande número de incidentes com a Polícia Militar, frequentemente acionada pelos moradores, pela Araupel e pela prefeitura da cidade, em tentativas, geralmente inúteis, de conter os integrantes do movimento bandoleiro.

Eventualmente, os conflitos resultam em feridos e até mortos, como ocorreu em 10 de julho do ano passado. É esse evento que os sem-terra pretendem ‘relembrar com um grande incêndio’.

É bom esclarecer que os confrontos, invariavelmente provocados pelo próprio MST (centenas de militantes armados, sem controle e que fazem uso de bebidas e drogas), são usados pelos sem-terra como forma de denunciar a “violência da direita”.

Setores da imprensa e da política costumam comprar, de forma acrítica, essas versões. O receio, agora, é de que a iminência do impeachment da presidente afastada leve o MST a extremos de violência, muito além do que costuma usar na região. O mínimo que se esperava é que os chamados ‘representantes do povo’, como Gleisi Hoffmann, defendessem os direitos dos cidadãos de bem.

apoio_04