Prévia do PIB tem queda de 0,53% no segundo trimestre; crise econômica não terminará tão cedo

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Quando assumiu interinamente o governo, Michel Temer (PMDB) o fez na esteira de um projeto batizado como “Ponte para o Futuro”, ciente de que a situação econômica do País era grave – como ainda é – e exigiria sacrifício por parte de todos, sem distinção de qualquer natureza.

Como no Brasil alguns são mais iguais que os outros e quase sempre o que políticos dizem fica campo da promessa, o horizonte econômico continua carrancudo. Sem qualquer perspectiva de melhora no curto. Aliás, como há muito prevê o UCHO.INFO, a crise atual só dará os primeiros sinais de arrefecimento em meados de 2018. Até lá, só sacrifícios.

O País enfrenta dificuldades para sair do atoleiro da crise porque o governo, refém do covarde escambo político, não tem força suficiente para cobrar do Congresso a aprovação célere de medidas econômicas. Enquanto isso, o ajuste fiscal é mera figura de retórica.

De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), a atividade econômica teve queda no segundo trimestre de 2016, com a retração de 0,53%, na comparação com o período de janeiro a março deste ano.


Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda ficou em 4,37%, de acordo os dados sem ajustes, já que a comparação é feita entre períodos iguais.

Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 0,23% na comparação com maio (dado dessazonalizado). No primeiro semestre, houve retração de 5,96% e, em 12 meses encerrados em junho, de 5,67%. O IBC-Br é um método utilizado pelo Banco Central para avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda a instituição a tomar decisões sobre a taxa básica de juro, a Selic.

É importante lembrar que o índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Contudo, o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas a título de registro, o PIB deste ano também será negativo.

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