Impeachment: após ser criticada por carta utópica, Dilma decide fazer a própria defesa no Senado

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Reza a sabedoria popular que toda e qualquer emenda sempre é pior que o soneto. A considerar essa quase profecia, Dilma Rousseff, a presidente afastada, poderá protagonizar mais um enorme fiasco, desta vez no plenário do Senado Federal, onde fará sua própria defesa no julgamento final do processo de impeachment de que é alvo.

Duramente criticada por causa da carta aos senadores e ao povo brasileiro, que demorou três meses para ser escrita e é uma ode à bizarrice do pensamento, Dilma já está a redigir o pronunciamento que fará no Senado, diante daqueles que a julgarão no caso dos crimes de responsabilidade, que a petista nega ter cometido. (clique e leia a íntegra da carta)

Dilma terá o direito à palavra após as manifestações das testemunhas de defesa e de acusação – são seis de cada lado – e poderá deixar a sessão após dirigir-se aos seus julgadores. Se repetir a essência da carta lida e divulgada na terça-feira (15), a petista piorará muito um cenário que lhe é muito desfavorável. A expectativa é que pelo menos 60 senadores votem pelo impedimento da presidente afastada – são necessários 54 votos.

Na carta aos parlamentares, Dilma defendeu a realização de plebiscito sobre novas eleições gerais, garantindo que dará todo apoio a essa proposta caso retorne ao Palácio do Planalto. Não obstante, sem ter noção da realidade que reina no País, a petista afirmou que trabalhará por um pacto pela unidade nacional, como se a extensa maioria da população não quisesse o seu afastamento definitivo. Para completar, ainda no documento, Dilma insistiu na tese de que, se confirmado, o impeachment representará um “inequívoco golpe”.


O raciocínio utópico de Dilma, que enfatiza sua estupidez, ganha contornos extras na esteira do teimoso discurso do golpe, pois não há na história da humanidade registro de um golpe marcado pelo amplo direito de defesa do prejudicado. Isso mostra que a esquerda brasileira não apenas está desesperada com a aproximação do julgamento final, cujo início está marcado para o próximo dia 25, mas não se conforma com a providencial implosão de um criminoso projeto de poder colocado em marcha pelos “companheiros” e que transformaria o Brasil em uma ditadura bolivariana, disfarçada de democracia moderna.

Alegando ser “honesta e inocente”, a presidente afastada, na tal carta, admitiu erros e afirmou não ser legítimo afastá-la pelo “conjunto da obra”.

“Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra” (…). Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado”, escreveu a petista.

“O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta”, completou.

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