Confusão durante a Rio-2016 rende a Ryan Lochte cancelamento de contrato de patrocínio

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A suposta esperteza de Ryan Lochte, nadador norte-americano que se envolveu em confusão no Rio de Janeiro e fez falsa comunicação de crime, começa a render dividendos negativos ao atleta, que em entrevista já pediu desculpas aos brasileiros e disse estar arrependido.

O primeiro efeito colateral do imbróglio, que ganhou o noticiário internacional e “viralizou” nas redes sociais, foi o rompimento de um contrato de patrocínio entre Lochte e a multinacional Speedo, empresa de materiais esportivos. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (22), um dia após o encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Além do fim do contrato, que já durava mais de uma década, a Speedo anunciou que doará US$ 50 mil a uma ONG que atende crianças brasileiras carentes (“Save The Children”). “A Speedo USA anuncia hoje a decisão de encerrar o contrato de patrocínio de Ryan Lochte”, informa comunicado companhia em comunicado distribuído à imprensa.


“Não podemos tolerar comportamento que é contrário aos valores que esta marca representa há tanto tempo”, completa a Speedo, que no documento ressalta que, até o fatídico episódio, manteve “relação vencedora com Ryan por mais de uma década”. Também na nota, a Speedo agradece a Lochte pela parceria e deseja sucesso no futuro.

No momento em que os quatro atletas norte-americanos envolveram-se em crime (falsa comunicação de crime), a Justiça brasileira deveria ter exigido a permanência dos nadadores no País até o fim do processo. Liberar os respectivos passaportes e permitir que os mesmos retornassem aos Estados Unidos foi um desrespeito à lei e aos brasileiros, que apesar das trapalhadas das autoridades se esforçaram para bem receber os competidores olímpicos.

No caso de um brasileiro cometer o mesmo crime nos EUA, a situação do transgressor não seria tão fácil quanto foi a dos nadadores estadunidenses. È preciso cumprir o que determina a lei, se privilégio a quem quer que seja. No momento em que o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro sugeriu um pedido de desculpas por parte dos nadadores, estava sacramentado novamente o chamado “complexo de vira-lata”.

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