Quando o UCHO.INFO afirmou que a economia nacional, mergulhada em grave crise, só deixaria o brasileiro respirar com menos dificuldade em 2018, muitos foram os que dedicaram críticas e este portal, acusando-nos de torcer pelo “quanto pior, melhor”. Ao contrário, nossa torcida é, assim como sempre será, pelo melhor.
De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (22), os economistas apostam em inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na casa de 7,31%para o final deste ano. Em relação a 2017, o mercado estima que o IPCA deve fechar em 5,12%, ante 5,14% da aposta anterior. Para 2018, a previsão é de inflação de 4,5%, centro da meta estabelecida pelo governo federal.
Na seara do Produto Interno Bruto (PIB), para 2016 a projeção continua desanimadora. Os economistas preveem que o PIB encerrará o ano em 3,20%, mesmo índice da semana anterior. Para o próximo ano, a estimativa é de PIB na marca de 1,20%, contra 1,10% da previsão anterior. Em relação a 2018, os especialistas projetam PIB de 2%.
Sobre a taxa básica de juro, a Selic, os especialistas creem que o índice deve chegar a 13,75% ao ano, mas há quem apostem em 14,25%, taxa que está sendo praticada pelo Banco Central atualmente. Para o próximo ano, a estimativa é de que a Selic caia para 11%.
Com esse cenário que mescla números desconexos, apostar em recuperação da economia no curto prazo é arriscado. Isso porque a taxa de juro elevada impede o consumo, que por sua vez inviabiliza a produção. Sendo assim, a crise econômica atual deve demorar mais tempo para ser debelada do que a previsão inicial.
No momento em que não sinaliza de forma clara como alcançará o ajuste fiscal necessário para que a economia saia do atoleiro, o governo impede que investidores internacionais se interessem pelo mercado brasileiro. Isso significa que a roda da economia só voltará a girar com doses rasas de normalidade dentro de alguns anos. Quem apostar em cenário diferente e mais otimista pode se dar mal.