Impeachment: senadores receiam que Janaína Paschoal faça provocações à afastada Dilma

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Começou, finalmente, nesta quinta-feira (25), a fase final do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, mas senadores favoráveis ao afastamento estão preocupados com a etapa da próxima segunda-feira (29), ocasião em que a petista fará sua defesa no plenário da Casa, com a promessa de constranger parlamentares e até mesmo chegar às lágrimas, se necessário. Afinal, Dilma vem sendo treinada para mais uma ópera bufa.

A preocupação dos senadores deve-se ao comportamento de Janaína Paschoal, advogada de acusação, que pode fazer perguntas à presidente afastada, Diante do conhecido estilo incisivo da advogada, o temor é que ela faça perguntas à afastada Dilma que desagradem seus pares e tumultue a sessão.

Um senador aliado ao presidente interino Michel Temer chegou a afirmar que conversaria com seus colegas para tentar evitar que Janaína Paschoal seja a escolhida, entre os advogados de acusação, a fazer questionamentos para Dilma Rousseff. Além de Janaína, compõem o grupo os competentes e ilustres juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.


O receio também vem da equipe de defesa da presidente afastada. Nos bastidores, senadores do PT afirmam que a sessão da próxima segunda-feira poderá virar um circo, diante do histórico de atuações polêmicas da advogada Janaína Paschoal em outras etapas do processo de impeachment. Durante a análise do processo na Comissão Especial do Senado, Janaína chegou a bater boca com alguns senadores e fez discursos fortes, com ataques a Dilma.

O receio é que o processo seja ridicularizado pela população caso os senadores percam o controle e acabem se exaltando, levando a sessão a ser comparada ao que aconteceu na Câmara dos Deputados, quando a abertura do processo foi aprovada.

O Brasil vive um importante, ao mesmo tempo triste, capítulo da sua história, por isso requer-se que o julgamento final do processo do impeachment seja encarado com a responsabilidade necessária. Afinal, sob a ribalta não está o revanchismo político-ideológico, mas os crimes de responsabilidade cometidos por uma governante que levou a nação a uma crise sem precedentes.

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