Na mira da Lava-Jato, Lula comanda reunião para ressuscitar o PT, que afunda na corrupção

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Cada vez mais atolado na Operação Lava-Jato, cujos investigadores estão no seu encalço por causa de várias transgressões, Luiz Inácio da Silva, o lobista alarife, comanda na manhã desta sexta-feira (2) reunião da cúpula do PT para decidir os rumos do partido após o impeachment de Dilma Rousseff. O encontro acontece na capital paulista e o resultado não será outro, que não o de tentar usar o discurso do golpe (que não existiu) para que a legenda tente ressurgir da lama da corrupção.

É importante lembrar que na esteira da grave crise que alcançou a política nacional, o cenário que mais interessava ao PT era a derrocada de Dilma. Isso porque a continuidade da petista no poder obrigaria o partido a enfrentar críticas das mais severas, pois a economia nacional só chegou ao caos por conta da incompetência e da teimosia da agora ex-presidente da República. E sua permanência não seria bem recebida pelos investidores, importantes para que o Brasil consiga sair do atoleiro.

Para tentar recolocar a legenda em pé – agora está nocauteada – os companheiros terão de dar uma guinada à esquerda radical, o que pode ser uma operação suicida, uma vez que o discurso bolivariano está sendo implodido pela grave crise que derrete a Venezuela país que sangra à sombra do totalitarismo e da truculência do tiranete Nicolás Maduro.


Sem dúvida o partido tentará ressurgir sob o manto do discurso voltado para os movimentos sociais, que perderam a mamata com a queda de Dilma, mas não é certo que esse plano prospere, já que a extensa maioria da sociedade brasileira não mais quer conviver com o socialismo bandoleiro, que patrocinou o período mais corrupto da história do País, com destaque para a roubalheira institucionalizada que funcionou de forma deliberada na Petrobras durante uma década.

Enquanto esteve no Palácio do Planalto, o PT atuou para emplacar um projeto criminoso de poder, o qual contava com o dinheiro da corrupção para seguir adiante. O plano totalitarista, que transformaria o Brasil em uma ditadura esquerdista travestida de democracia, ganhou força com a conjunção de dois fatos distintos. As gordas e milionárias propinas do Petrolão e a proibição de doações de empresas e candidatos.

A ideia era sufocar financeiramente os partidos adversários, enquanto o PT permaneceria criminosamente hegemônico na cena política em função do dinheiro sujo da corrupção. Com a Operação Lava-Jato e o acirramento da crise econômica, a estratégia petista desmoronou. E pode ter desdobramentos macabros, uma vez que alguns “companheiros” ainda agarram-se ao silêncio obsequioso atrás das grades, como José Dirceu, João Vaccari Neto, André Vargas e Paulo Ferreira. Quando o quarteto decidir aderir ao jogral da delação, não sobará pedra sobre pedra na seara petista.

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