Gleisi diz que Temer atrasará o Brasil em 20 anos, mas esquece que atraso de Dilma foi de 50 anos em 5

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Quem ouve um petista falando sobre as conquistas (sic) do País nos últimos treze anos pode imaginar que o ciclo do PT no governo federal foi um tremendo sucesso. Enquanto gazeteiam os feitos malignos, os companheiros sequer ousam em balbuciar uma só palavra acerca dos quase 12 milhões de desempregados, a volta da inflação de dois dígitos, a recessão, a destruição da Petrobras e os maiores escândalos de corrupção da história da humanidade. Mais intrigante, porém, é o fenômeno que, quanto mais um petista está atolado na lama, mais ele sobe o tom de voz para gabar-se dos governos do PT e atacar seus adversários.

Exemplo particularmente patético desse fenômeno é a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), que afunda no Petrolão. Denunciada por corrupção passiva por sete delatores da Operação Lava-Jato, a senadora viu o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), ser preso por chefiar um esquema que roubava aposentados e funcionários públicos que recorreram a empréstimos consignados.

A quadrilha comandada por Paulo Bernardo, segundo investigações da Operação Custo Brasil, roubou R$ 100 milhões. Parte desse dinheiro foi usada para pagar contas pessoais de Gleisi Hoffmann. Todos esses graves registros apontados nas investigações servem para tornar Gleisi mais estridente na defesa da “ex-presidenta” Dilma Rousseff, de Lula e das inúmeras delinquências de seu partido.

Em artigo publicado nesta segunda-feira (5), Gleisi Helena esquece o passivo monstruoso do PT e dela mesma para atacar o governo Temer e seus primeiros pronunciamentos. Como se houvesse saído de um governo extremamente bem-sucedido, não de uma administração ejetada do poder por uma combinação letal de incompetência e corrupção, Gleisi pontifica sobre Temer:

“Quanta desfaçatez! Na verdade, os trilhos em que Temer pretende colocar o Brasil serão os que abrem caminho para o arrocho e a perda de direitos econômicos e sociais de milhões e milhões de cidadãos.”


“Repete a balela de que Dilma foi impichada por ser mulher, esquecendo de explicar porque o país “misógino”, elegeu uma mulher duas vezes seguidas para presidente. Nesses mais de oito meses em que pude ver de perto a farsa misógina, conservadora e entreguista que ia sendo montada na Câmara e no Senado para nocautear a primeira mulher eleita presidenta e mudar os rumos do Estado brasileiro, eu e meus companheiros e companheiras dessa luta sem trégua tivemos a certeza de que ali se urdia apenas uma coisa: o achaque à população mais humilde”.

Para encerrar essa peça que transpira ódio e ressentimento, Gleisi avisa que o PT mobilizará todos os recursos para sabotar o governo Temer. Não satisfeito por ter levado o País ao caos, o partido quer ter a certeza de que o sucessor não terá chance de consertar os estragos do petismo:

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já iniciou as articulações para enfrentar o governo usurpador com um novo modelo de oposição. Lula propõe uma Frente Ampla de esquerda que una os partidos políticos, inclusive o PT, em nome de um programa e de candidatos escolhidos por associações, movimentos sociais, intelectuais e artistas. Será uma poderosa plataforma de esquerda para o país em 2018. E podem contar. Essa Frente Ampla terá como hino de resistência o outro alerta feito pela presidenta Dilma em sua despedida no Alvorada: “Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer”.

Gleisi Hoffmann sofre de delinquência intelectual, mas crê que veio ao mundo na condição de Aladim de saias. Por maior que seja a preguiça do brasileiro em relação à política, é impossível levar a sério uma parlamentar que consulta os astros antes de apresentar um projeto de lei e que nomeia um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão para cargo de confiança na Casa Civil.

A senadora petista deveria dar-se por satisfeita com sua ignomínia, mas insiste em “vender” à opinião pública a ideia de que é a tábua de salvação da humanidade.

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