Ao mesclar-se com a arrogância de Lula, a boçalidade transforma o petista em um ser repugnante que acredita estar acima de todos e principalmente da lei. Acreditando que ainda exerce algum tipo de poder, Lula, o lobista alarife que está a um passo da prisão, desafia a Justiça e quer escolher a quem prestar esclarecimentos acerca dos crimes que cometeu, como se a legislação brasileira permitisse essa bizarrice.
Responsável pelo período mais corrupto da história brasileira, Lula, por meio de seus advogados, informou às autoridades da Operação Lava-Jato que não reconhece a competência do juiz federal Sérgio Moro para comandar as investigações sobre os presentes recebidos pelo ex-metalúrgico enquanto esteve na Presidência da República (2003-2010). O material foi apreendido pela Polícia Federal em março passado, por ocasião da Operação Aletheia (24ª fase da Lava-Jato). Lula, o abusado, afirmou que só prestará esclarecimentos à Justiça Federal do DF.
“Necessário salientar que o peticionário [Lula] não reconhece a competência do Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba para a condução do presente feito”, afirmam os advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, José Roberto Batochio e Juarez Cirino dos Santos.
“Há que se pontuar que o presente procedimento versa sobre fatos que ocorreram em Brasília (isto é, suposto recebimento de bens quando no exercício do cargo de Presidente da República) e a busca e apreensão se deu em agência do Banco do Brasil localizada em São Paulo. Desse modo, não há motivos para que a presente investigação ocorra em Curitiba, uma vez, ainda, que todos os fatos apontados na investigação se dissociam territorial e materialmente de qualquer aspecto ou conteúdo da Operação Lava Jato.”
Os advogados podem inventar recorrer a malabarismos jurídicos para temporariamente blindar o palestrante decadente, pois o fato de ter recebido os tais presentes no exercício do cargo não significa que Brasília torna-se automaticamente o foro da ação em questão. Fosse verdadeira essa premissa, os crimes cometidos à sombra do Petrolão estariam sendo investigados pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, uma vez que a sede da Petrobras, a vítima maior da quadrilha, é na capital fluminense.
A operação de busca e apreensão no escopo da Operação Aletheia encontrou presentes e outros objetos de valor que estavam armazenados em cofre do Banco Do Brasil, em agência no centro da cidade de São Paulo, desde 2011, sem qualquer custo para o petista.
Antes da busca realizada pela PF no cofre do Banco do Brasil, Lula foi flagrado em um grampo telefônico com o advogado petista Sigmaringa Seixas, a ocasião em que fez duras críticas às investigações sobre os tais presentes. A Sigmaringa o ex-presidente disse, em tom de irritação, que mandaria todo o material para um prédio do Ministério Público Federal.
A petição da defesa do petista informou a Moro que “já existe inquérito civil em trâmite na Procuradoria da República do Distrito Federal que apura exatamente os mesmos fatos aqui investigados, no bojo do qual, inclusive, o Instituto Lula já respondeu a ofício que requereu informações detalhadas sobre os bens integrantes do acervo privado”.
“Diante do exposto, o peticionário (Lula) não reconhece a competência deste juízo para processamento do feito em tela, razão pela qual somente prestará os devidos esclarecimentos à autoridade competente, qual seja, a Justiça Federal de Brasília”, anotam os advogados responsáveis por defender o enrolado Lula.
Há sobre a escrivaninha do juiz Sérgio Moro considerável arsenal de provas que permite a imediata prisão de Lula, que só não aconteceu até agora porque parece que a má vontade das autoridades prevalece. Estivesse preso, Lula já teria soltado o verbo, pois sua covardia é monumental e conhecida por muitos. E no caso em questão cabe condução sob vara e até prisão.