Gleisi anuncia escalada da violência política do PT e seus aliados contra o governo Temer

gleisi_hoffmann_1035

“Definitivamente, Michel Temer não vai ter sossego. O presidente usurpador, que patrocinou o golpe parlamentar para derrubar do poder uma mulher eleita com mais de 54 milhões de votos, começou a sentir o gosto amargo da sua aventura golpista”. A frase é da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) em artigo no qual anuncia que o PT e seus aliados aumentarão a escalada de violência contra o governo do PMDB.

Em qualquer país do planeta uma figura como Gleisi já estaria presa. Afinal, foi acusada de corrupção passiva por sete delatores do Petrolão, enquanto seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, é acusado de chefiar um esquema que roubava aposentados e funcionários públicos que contratavam empréstimos consignados. Parte desse assalto acabou pagando despesas pessoais da senadora. Apesar de todas essas evidências de envolvimento em desvios de dinheiro público, Gleisi sente-se tão à vontade que não se acanha ao convocar os trogloditas aliados de seu partido para promover a violência e a baderna.

Em seu artigo, Gleisi comemora o que seria um aumento dos protestos violentos. “A cada dia, mais e mais brasileiros enchem as ruas em protesto porque, assustados, estão tomando consciência do verdadeiro objetivo da farsa montada no Congresso – a retirada dos direitos da população mais pobre e a entrega das nossas riquezas ao capital estrangeiro”, delira a senadora que ficou conhecida como a figura mais fanática e enfadonha no processo do impeachment.

Gleisi comemora as vaias a Temer, aparentemente ignorando que Lula e Dilma enfrentaram constrangimentos piores. Dilma foi xingada por palavrões e alvo de panelaços e protestos de milhões nas ruas. “Aliás, pensando bem, não é de hoje que Temer enfrenta a voz rouca das ruas. Ainda durante a interinidade, ao ser vaiado na abertura das Olimpíadas, ele pôde constatar “in loco” como os cidadãos estão reagindo a seu governo sem credibilidade. O mesmo aconteceu, já como presidente “de fato”, no Desfile de 7 de Setembro e, de forma mais estrondosa, na abertura da Paralimpíada”.


Em seus devaneios, Gleisi usa o método petista de superfaturar, usado pelo PT no Petrolão e outras negociatas, para aumentar os protestos contra Temer. Chama a esbórnia e o quebra-quebra de “festa democrática”.

“A ficha do presidente está caindo diante do que se vê nas ruas, como a insatisfação das 100 mil pessoas que lotaram a Paulista no dia 4 para pedir “Fora Temer” e “Diretas Já”. Ontem, a festa democrática voltou a se repetir na avenida, com 60 mil pessoas denunciando o governo golpista. A ficha de Temer cai porque ele está sendo obrigado a rever sua míope visão da realidade”.

Sem medo de ser feliz, Gleisi defende abertamente os black blocs: “Mas o que se pergunta agora é: O que vão fazer, senhores? Vão querer calar a voz do povo recorrendo à violência da PM do governo Geraldo Alckmin (PSDB), que ontem deu mais uma triste e vergonhosa demonstração de arbitrariedade, ao encurralar jovens para revistá-los e deter manifestantes por portarem máscaras?”

Gleisi sofre de demência intelectual e por isso não tem moral para fazer críticas a quem quer que seja, mesmo contra um adversário. Falar em crescimento dos protestos contra Michel Temer, que não é o presidente dos sonhos, é demonstração de ignorância aritmética, pois a manifestação do último domingo (11), em São Paulo, mostrou que o movimento começa a perder força. Pode ser que nos próximos ocorra uma reação exigida pelos financiadores, mas, mesmo assim, será preciso explicar como os manifestantes – supostamente trabalhadores que participam do MTST, MST e CUT – conseguem protestar enquanto o restante do País está a trabalhar.

Ademais, em vez de se preocupar com o governo atual, Gleisi deveria criar coragem e dar ao menos duas explicações aos brasileiros de bem: 1) como conseguiu indicar um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão ao cargo de assessor especial da Casa Civil; 2) como se deu a compra de um videogame para o filho com dinheiro da corrupção.

apoio_04