Crise econômica da era Dilma tem efeito devastador na campanha de Fernando Haddad

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Quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff estava em discussão no Congresso Nacional, os obedientes integrantes da tropa de choque da petista sempre ocupavam as tribunas de ambas as Casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado) para afirmar que a então presidente da República fora alvejada pelos opositores (muitos aliados também) no momento em que se preparava para resgatar a economia nacional do atoleiro da crise.

Não se poderia esperar outro discurso daqueles que defenderam Dilma ate o último instante, mesmo sabendo que a petista levou o País à crise econômica mais grave de sua história. Sabe-se que o cenário econômico atual é de extrema dificuldade e revertê-lo não será uma tarefa simples, como sugeriram os “dilmistas”, que pareciam acreditar que no Palácio do Planalto existia um largo estoque de varinhas de condão.

A situação da economia brasileira é tão devastadora e preocupante, que até mesmo petistas admitem o desastre. Na recente reunião com a cúpula do governo de Michel Temer, encontro que contou com a participação do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), 18 governadores (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) aterrissaram em Brasília com o pires na mão.

Queriam os governantes uma ajuda federal de no mínimo R$ 7 bilhões, que de chofre foi negada, mas depois os palacianos encontraram uma fórmula criativa para deixar os estados ainda mais endividados.

Entre os governadores que estiveram na capital dos brasileiros dispostos a passar o chapéu, os mais chorosos eram Tião Viana (AC), Wellington Dias (PI), Rui Costa (BA) e Camilo Santana (CE), todos petistas. De quebra, participou do beija-mão palaciano o governador do Maranhão, Flávio Dino, filiado ao PCdoB e um dos líderes do fã-clube de Dilma.


Isso significa que o discurso da esquerda para tentar evitar o impeachment da agora ex-presidente era mentiroso, como afirmou o UCHO.INFO em diversas ocasiões. E não poderia ser diferente, pois a tragédia na economia tem a digital de Dilma. Mas as lamúrias na esteira da crise econômica não pararam por aí. Ao contrário, continuam reverberando em todo o País, como se tivesse sido alcançada por um efeito dominó sem fim.

O mais novo adepto do coro dos petistas desesperados é Fernando Haddad, prefeito da maior cidade brasileira, São Paulo, que tenta a reeleição, mas não aparece bem posicionado nas pesquisas eleitorais. Haddad, que na campanha vem sentindo os efeitos colaterais da desastrada passagem do seu partido (PT) pelo governo central, enfrenta problemas por não ter cumprido as promessas feitas em 2010, quando foi eleito para comandar a capital dos paulistas.

Na quinta-feira (22), Fernando Haddad justificou o atraso na conclusão de obras na cidade de São Paulo com o discurso de que a recessão econômica atrapalhou. Isso todos sabem há muito tempo, mas só agora o prefeito paulistano decidiu assumir, mesmo de forma inominada, que Dilma promoveu um considerável estrago na economia nacional.

Contudo, não é só no quesito “obras inacabadas” que a tragédia econômica vem causando danos à campanha de Haddad. O petista, que já dá sinais de que assimilou a derrota anunciada pelas pesquisas, é o candidato com o maior índice de rejeição (45%), o que explica sua dificuldade de reverter o cenário atual.

O efeito “crise econômica” é tão impactante na campanha eleitoral petista, que Fernando Haddad tem apenas 6% de intenção de voto entre os eleitores mais pobres – com renda familiar de até dois salários mínimos mensais. Ou seja, quando o bolso sente, a fidelidade eleitoral escorre pelo ralo.

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