Derrota do PT em SP e no “Cinturão Vermelho” mostra o fracasso da “plantação de postes” de Lula

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Política vem do latim “polis”, cidade em latim, e a municipalização é o caminho mais certeiro para um partido que sonha em crescer nacionalmente. Foi assim, a reboque do municipalismo, que Orestes Quércia e o PMDB paulista ganharam força e musculatura política no estado de São Paulo. Assim o PT tentou fazer tão logo chegou ao Palácio do Planalto, como forma de dar tratos ao projeto criminoso de poder.

A roubalheira institucionalizada que colocou o Brasil no patamar mais elevado da corrupção serviu, no primeiro momento, para alavancar o plano petista de transformar o País em uma ditadura comunista travestida de democracia moderna, a exemplo do que aconteceu com a vizinha e combalida Venezuela. E pulverizar, País afora, braços avançados da cúpula petista era a ordem primeira.

Antes de deixar a Presidência da República, em 31 de dezembro de 2010, Lula tratou de fincar seu primeiro poste político: Dilma Rousseff. Dois anos mais tarde, o ex-metalúrgico viu seu plano prosperar com a eleição do igualmente incompetente Fernando Haddad, derrotado nas urnas do último domingo (2), apesar de ter utilizado a máquina municipal a seu favor, mesmo que de forma quase disfarçada.

Na sequência, em 2014, o plano deu o primeiro sinal de fraqueza: a derrota de Alexandre Padilha para o governo paulista. A ideia do PT era usar a popularidade de Lula e o País de Alice “vendido” por Dilma para tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista e objeto do desejo dos “companheiros”.


A derrota de Haddad, ainda no primeiro turno, para o tucano João Doria deixou um gosto acre e visguento na gustativa política de Lula, que, em questão de horas, viu abortada a sua “plantação de postes”. O objetivo do ex-metalúrgico era, sob o seu comando, promover uma renovação nos quadros petistas, sempre flertando com um período mais longevo no poder.

Alvejado por várias denúncias no âmbito do Petrolão, o maior esquema de corrupção da história da humanidade, o ex-presidente foi obrigado a participações mais acanhadas nas campanhas de muitos “companheiros”, pois sua presença poderia produzir muito mais efeitos colaterais do que o desejado. Isso comprometeu sobremaneira a meta de Lula, que, apesar de todos os escândalos, sonhava com a possibilidade de continuar com a semeadura de “caras novas”.

Com isso, a estratégia do dramaturgo do Petrolão de ressuscitar o PT, que agoniza na lama da corrupção, a partir de eventual triunfo no maior colégio eleitoral do País, São Paulo, naufragou. Diferentemente do que diziam os integrantes da esquerda nacional, a população não quer mais viver sob o manto do pão e circo, fórmula adotada por Lula e sua turba para saquear os cofres públicos sem qualquer incômodo.

Tanto é assim, que no chamado “Cinturão Vermelho”, cidades no entorno da capital paulista conhecidas como redutos petistas, Lula fracassou de maneira impressionante. Nas treze cidades que integram esse outrora bloco esquerdista, em apenas duas o PT conseguiu manter as esperanças: Santo André e Mauá. Na primeira, o atual prefeito, Caros Grana, conseguiu passar à próxima etapa da disputa, mas sua derrota já é dada como certa. Em Mauá, o fracasso de Donisete Braga no segundo turno também é esperado.

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