O Palácio do Planalto acionou o cronômetro para acompanhar o passar das horas até a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241, que fixa um teto para os gastos do governo federal, com reajuste das despesas indexado à inflação oficial do ano anterior.
Até a aprovação da matéria na Câmara dos Deputados, que os palacianos esperam acontecer na próxima semana, os brasileiros terão de ouvir a oposição raivosa e revanchista falando em perda de direitos adquiridos, redução dos investimentos na saúde da educação, de governo ilegítimo e outros acessórios discursivos.
Na verdade, a aprovação da PEC 241/2016 é emoldurada por premência sem antecedentes, pois é preciso dar um basta à bancarrota imposta ao País pelo banditismo político protagonizado pelo PT e seus quejandos esquerdistas.
Se na política inexiste o popular “almoço grátis”, de igual maneira não há solução sem sacrifício distribuído isonomicamente. Ou concorda-se com a necessária proposta de travar os gastos do governo, ou aceita-se a ideia de que dentro de alguns anos o Brasil será uma nação literalmente falida.
O aparelhamento da máquina pública patrocinado pelo PT é algo que beira a seara do inimaginável.O viés acintoso dessa ação é tamanho, que uma assepsia na máquina federal exigirá anos até ser considerada completa. Mesmo assim, algumas reticências maléficas certamente sobrarão aqui e acolá. Isso porque a ideologia bandida defendida pelos “companheiros” entranhou na estrutura do Estado.
Em relação aos investimentos em saúde e educação, não há razão para preocupações maiores, como sugere a peçonha oposicionista, pois a equipe econômica do governo encontrou solução pontual que valerá em 2017, com a promessa de que no ano seguinte todas as pastas se adequarão à imposição da PEC 241.
Na verdade, o Brasil padece não apenas diante da corrupção desenfreada, mas também à sombra da má gestão, que se contrária fosse por certo permitiria que os números da crise fossem outros. Como a oposição de agora não tem à vista a famosa “tábua de salvação”, a saída é inventar mentiras sequenciais e lançá-las sobre a massa ignara da população, que como sempre compra qualquer balela que se apresente.
Não obstante, é importante destacar que a fixação de um limite para os gastos governamentais, em todas as instâncias, deveria ser não apenas parte integrante da legislação vigente, desde a Carta Magna à mais rasa e pertinente, mas o exercício do bom senso. Afinal, é inadmissível que um governante arrebente o caixa porque o populismo barato assim exige.
Por mais absurdo que possa parecer, a PEC 241 propõe, sob ótica simplista, uma regra que exige o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual determina que não se pode gastar aquilo que não se tem.
Se os brasileiros já tivessem se preocupado com o tema, certamente o PT não teria arruinado a economia nacional, assim como teria encontrado sérias dificuldades para levar adiante um projeto criminoso de poder que, além de ser alcançado pelas investigações, sucumbiu no eco do ruído das urnas eleitorais.