Artigo de Lula publicado pela Folha é nauseante e representa ode ao deboche e à mitomania

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Chega a ser nauseante o artigo do ex-presidente Lula publicado na edição desta terça-feira (18) do jornal Folha de S. Paulo. Ciente de que é culpado pelas estripulias que cometeu ao longo dos últimos treze anos, mas exalando falsa dissimulação, Lula, o dramaturgo do Petrolão, continua insistindo no enredo bandoleiro que o transforma em vítima de perseguição.

Em texto que certamente não é de sua lavra, o petista reforça sua aludida inocência e afirma que é alvo de uma “caçada judicial”, como se cumprir o que determina a lei fosse crime no Brasil. Gazeteiro profissional, Lula tenta com esse artigo a última cartada para tentar evitar a prisão, que está prestes a ser consumada. Pelo menos é o que se espera, já que a Operação Lava-Jato reúne provas de sobra para decretar a prisão do responsável pelo período mais corrupto da história brasileira.

De chofre, nas primeiras linhas, Lula afirma “jamais encontraram um ato desonesto de minha parte”. E há de se concordar com o ex-presidente, pois a força-tarefa da Operação Lava-Jato encontrou não apenas um, mas vários atos de desonestidade por parte do petista.

Recorrendo de forma insana à mitomania, Lula atropela a verdade ao afirmar: “As falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos”. No mesmo trecho, o ex-metalúrgico recorre ao dramalhão tupiniquim e dispara: “Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência”.

Considerando que o Brasil é uma democracia, que como tal contempla o direito à livre manifestação do pensamento, Lula pode fazer qualquer afirmação, mesmo que estapafúrdia ou mentirosa. Afirmar que governou com seriedade e dedicação é no mínimo um deboche, pois ao longo desses anos o que mais faltou no Palácio do Planalto foi seriedade. Sem contar a roubalheira institucionalizada que levou o País à mais grave crise ética de todos os tempos.

Sobre os inquéritos e processos decorrentes da Lava-Jato, Lula abusa da bazófia ao escrever: “Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar”. O ex-presidente sabe que incorreu em vários crimes, mas o texto publicado pela Folha é mais um ato de desespero de alguém que já sente a Justiça em seu encalço.

Como se não bastasse a enxurrada de inverdades contida no artigo, Lula vai além e discorre sobre as conquistas proporcionadas pelo PT, partido que acertadamente já foi comparado a uma organização criminosa. “Constato que está viva na memória de nossa gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos, a valorização dos salários – em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social de todos os tempos.”

O brasileiro está sendo devorado pela crise provocada pela fanfarrice petista, mas Lula continua acreditando que é a versão tropical e moderna de Messias, o salvador da humanidade. Falar em ascensão social diante da enorme tragédia econômica que chacoalha o País é excesso de ousadia. Contudo, como Lula adotou a teoria de Goebbels, mentir tornou-se algo normal.

Em tom messiânico, o petista recorreu ao ufanismo comunista e escreveu: “Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos.”


Lula acredita que construir universidades e nelas atirar analfabetos é uma monumental conquista. O ensino público brasileiro é tão indecente que chega a ser pornográfico, mas o “Sassá Mutema” da Botocundia insiste em uma fórmula utópica e bizarra. Os que chegaram às universidades pelas mãos de Lula sequer sabem o que fazer sobre o banco da escola.

Depois de o PT protagonizar o maior escândalo de corrupção do planeta, Lula tentou creditar o fiasco do partido nas urnas aos desdobramentos da Lava-Jato, incensando a tese obtusa de que as investigações são instrumentos de perseguição política.

“Não posso me calar, porém, diante dos abusos cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito.”

Para quem não compreendeu o parágrafo acima, Lula continua acreditando que está acima da lei e que a Justiça deve consultá-lo previamente para deflagrar investigações e decretar prisões.

Agarrado à mitomania, Lula negou que tenha autorizado qualquer ato ilícito, mas ignora o acordo selado com o finado José Janene (PP-PR), o mentor intelectual do esquema de corrupção que hoje é conhecido como Petrolão. O petista não só autorizou a implantação da fórmula criminosa, como dela se beneficiou de forma inenarrável.

“Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma ‘organização criminosa’, e eu o chefe dessa organização”, escreveu Lula, que alega não haver fatos, mas convicções acerca do assunto.

Lula é um ser político em franca decadência, que se desespera com a possibilidade cada vez mais iminente de ser preso. Delatores da Lava-Jato têm citado de maneira recorrente o nome do petista, assim como apresentam provas dessas ações nefastas. Isso explica a publicação de um artigo que nem de longe traduz a realidade, mas serve para colocar em xeque a seriedade editorial da Folha, mesmo que essa alegue ser um veículo de comunicação que preza a democracia. Acontece que entre democracia e bom senso há uma enorme distância, sendo que o petista-mor desconhece ambas.

Em vários setores da sociedade o artigo de Lula provocou risos e proporcionou galhofas. Afinal, o texto é mais do mesmo, é mais algumas pílulas de um mitômano conhecido que adora fazer-se de vítima. Essa tese absurda não mais encontra respaldo, até mesmo nas camadas mais baixas da sociedade, exceto entre os amestrados seguidores do banditismo político levado a cabo pelo PT.

Lula está encalacrado na Lava-Jato e sua prisão é uma questão de tempo, podendo ocorrer a qualquer instante. A falsa alegação de inocência não convenceu a opinião pública, mas funcionou como mais uma pá de cal na sepultura de um político que trocou o discurso moralista do passado pelo assalto ao Estado. Em suma, contra provas não há argumentos. E se mentir fosse crime, Lula já teria sido condenado à morte.

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