Gleisi chama de “exemplo” invasão de escolas, com desrespeito à bandeira do Brasil e às professoras

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) jamais perde uma oportunidade de ficar do lado de errado. Agora publicou artigo em que elogia a invasão de escolas no Paraná, onde os maiores absurdos e abusos estão sendo cometidos por alunos que atendem ao comando do PCdoB.

Os invasores arrancaram dos mastros a bandeira do Brasil e hastearam uma bandeira vermelha. Em clara tentativa de impor a ideologia de gênero (que supõe ser a diferença de sexos uma invenção do capitalismo), interditaram os banheiros femininos e obrigam todos – homens e mulheres – a usarem o banheiro masculino.

Gleisi, que já foi militante do PCdoB, vê tudo isso com naturalidade e bons olhos. “O movimento dos estudantes secundaristas paranaenses realmente está sendo exemplo de resistência não só à PEC 241, mas principalmente à medida provisória de reforma do Ensino Médio. Eu fico bem orgulhosa com isso, porque os estudantes do Paraná, geralmente considerado um estado mais conservador, mais à direita, estão mostrando um grande vigor nessa luta de todos nós. E a Camila, que é paranaense, encabeça com muita determinação esse movimento”, diz a petista.

O entusiasmo de Gleisi Hoffmann com as invasões de escolas tem uma explicação política. O PCdoB, que comanda as invasões, é coligado a Ney Leprevost (PSD), que disputa com Rafael Greca (PMN) o segundo turno das eleições rumo à prefeitura de Curitiba. A expectativa é que o movimento ajude a desgastar Greca, que tem o apoio de Richa, inimigo de Gleisi. Os prejuízos aos alunos não são levados em conta nesta equação sórdida e covarde.


Em lugar de se preocupar com milhares de estudantes sem aulas, ameaçados de perder o Enem, Gleisi festeja as invasões, sem medo de ser feliz. “No meu estado, até este domingo, cerca de 470 escolas públicas estavam ocupadas por estudantes que não aceitam a forma açodada como o governo Temer decidiu impor a reforma do Ensino Médio. Entre outras questionáveis mudanças, a MP 746 mexe na grade curricular dos alunos, tornando opcional matérias como sociologia e filosofia. Em outra frente, seis universidades estaduais também foram tomadas em protesto contra o corte de 25% da verba dessas instituições patrocinado pelo governador Beto Richa”.

Sem se preocupar com as aberrações praticadas pelos invasores, que desrespeitam símbolos nacionais e forçam situações constrangedoras, como o uso de sanitários comuns em escolas ocupadas, Gleisi diz acreditar que esse movimento melhorará a qualidade do ensino para seus filhos:

“Apesar desse momento de tanta desesperança, também não poderia deixar de prestar minha homenagem aos professores brasileiros, que quase nada puderam comemorar neste 15 de outubro. Tal como fazem os estudantes, a mobilização e luta desses profissionais será fundamental para que nosso país garanta uma educação de qualidade para nossos filhos”.

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