Deu a louca na esquerda nacional, trucidada nas urnas das eleições municipais. O presidente da APP-Sindicato (que reúne os professores da rede estadual do Paraná), Hermes Leão, um dos principais aliados da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), defendeu a interrupção da greve dos professores no Paraná. O motivo surpreendeu: os professores devem parar a greve para apoiar os alunos nas invasões das escolas estaduais.
“Nesse sentido, suspender a greve é uma tática de voltar na escola para puxar todos os companheiros para luta com paciência, com trabalho e garantir que as ocupações se mantenham até quando seja necessário. Cada professor e cada funcionário vai apoiar as ocupações, vai cuidar e vai respeitar. Nesse sentido eu estou pedindo voto pela suspensão da greve”, completou.
Hermes da Silva Leão deu um repulsivo exemplo do dano que a esquerda ainda é capaz de causar. Em discurso, Hermes gabou-se de como seu sindicato tem mantido a “resistência” através de greves consecutivas e prometeu manter e ampliar o ritmo das paralisações.
Em nenhum momento de sua fala ensandecida existe qualquer sinal de preocupação com o ensino nas escolas públicas, que no Brasil está cada vez pior e é marcado pela doutrinação ideológica. É muito fácil criticar o governo federal, apenas porque a esquerda foi apeada do poder central, enquanto professores fazem greves que sucateiam a educação e prejudicam diretamente os alunos que tentam se formar.
Gleisi Hoffmann, que na segunda-feira (31) levou ao Senado a estudante Ana Júlia, líder das invasões no Paraná para insultar os senadores (“vocês têm as mãos sujas de sangue”), não poderia estar mais feliz. Ela está conseguindo provar que, mesmo esmagada nas urnas, a esquerda não perdeu sua capacidade de provocar danos ao País.
Os partidos esquerdistas estão preocupados com a enorme perda de espaço no cenário político nacional, pois a lambança promovida nos últimos treze anos levou a maioria dos eleitores brasileiros a optar pelo voto no conservadorismo.
Acéfala depois da impressionante derrocada do Partido dos Trabalhadores nas urnas, Gleisi tenta, de forma desesperada, assumir um eventual papel de liderança, no afã de destacar-se como incursões absurdas e conseguir posto de destaque entre os “companheiros” de legenda. Sua atuação é no mínimo decadente, se considerados os recados das ruas, os quais a senadora paranaense finge não ter compreendido. Talvez quando estiver atrás das grades encontre tempo para refletir sobre o tema.