Além da má fase, das brigas internas e da Lava-Jato, Corinthians tenta evitar deslizamento no Itaquerão

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Em meados de 2013, um ano antes da Copa do Mundo, o editor do UCHO.INFO afirmou ao maior jornalista esportivo do País, Wanderley Nogueira (Jovem Pan), que Arena Corinthians daria problemas mais cedo ou mais tarde. E não foi preciso muito tempo que o primeiro escândalo surgisse. Um dirigente do clube foi acusado de receber propina da construtora Odebrecht no vácuo da construção do estádio alvinegro, sendo preso por porte ilegal de arma de fogo.

O tempo passou, as investigações da Operação Lava-Jato avançaram e delatores da empreiteira baiana afirmaram ter repassado a Andrés Sanchez, por meio de caixa 2, dinheiro para a campanha do ex-presidente corintiano à Câmara dos Deputados. Sanchez negou a acusação e disse que se tratava de uma retaliação da empresa por ele ter solicitado um recálculo do custo da obra.

Diz a sabedoria popular que onde há fumaça, há fogo. Nesse cenário surgiu a informação de que um vazamento no terreno que circunda a arena esportiva existe um vazamento, com possível acúmulo de mais de 10 milhões de litros de água, que pode provocar o deslizamento do terreno e interditar a Radial Leste, via que liga o centro paulistano à Zona Leste da cidade.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), empresa responsável pelo abastecimento de água no estado de São Paulo, informou o clube em fevereiro passado sobre o vazamento. Nesta terça-feira (1º), após reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, a Sabesp voltou ao local para nova vistoria e , por meio de nota, informou que não foram encontrados problemas nas tubulações da empresa. Ou seja, está “confirmada a suspeita de problemas internos de responsabilidade do clube”.


O Corinthians vive dificuldades dentro e fora de campo. No Campeonato Brasileiro, o clube passou boa parte da competição no chamado “G4”, mas acabou caindo na tabela e perdendo a oportunidade de participar da Copa Libertadores da América. Uma mudança nas regras da competição continental, por parte da Conmebol, que criou mais duas vagas para times brasileiros, fez o Corinthians sonhar novamente com a Libertadores, já que da noite para o dia surgiu no “G6”.

A saída de Tite, a troca de treinadores e a não contratação de jogadores talentosos levou o alvinegro paulistano a uma má fase, com direito a ficar de fora do G6, ou seja, sem chance de participar da Libertadores.

Fora de campo o Corinthians vive momentos conturbados no âmbito da “cartolagem”. Uma insana disputa pelo poder no comando do clube tem provocado reflexos na equipe principal de futebol.
De um lado dessa queda de braços está o presidente Roberto de Andrade, enquanto que no outro está o ex-presidente Andrés Sanchez.

Para quem torce pelo Corinthians ou tem identificação com o clube, o melhor a se fazer é orar para espantar o baixo astral que se instalou no Parque São Jorge.

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