Preguiça e má vontade levam a polícia de SP a recuperar apenas 6,6% dos celulares roubados

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Em 2016, a polícia recuperou 6,6% celulares roubados no Estado de São Paulo, ou seja, menos de sete celulares a cada cem levados pelos ladrões. Especialistas afirmam que este índice deve-se à facilidade de o produto do roubo ser escondido, transportado e revendido ilegalmente. Desta forma, o telefone celular tem se tornado, cada vez mais, o principal alvo da ação de bandidos, ajudando a alavancar os índices de crimes contra o patrimônio na mais importante unidade da federação.

De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o celular está presente em 61,4% das ocorrências notificadas. Isso significa que ao menos 149 mil roubos de aparelhos foram registrados no Estado entre janeiro e abril deste ano. Ainda dentro desta estatística, o número de aparelhos recuperados é de somente 9.848.

A polícia paulista também recuperou outros 5.003 aparelhos provenientes de furto. Assim, se contabilizados de forma conjunta, aparelhos furtados e roubados e depois recuperados somam 9,96%. Porém, a SSP informa que esse índice chega a 16%, apesar de não saber explicar a diferença dos números.

Na maioria dos casos, os celulares são recuperados somente durante abordagens policiais, quando o aparelho ainda está com o bandido. A polícia paulista deve acreditar ser desperdício de tempo e recursos ir atrás de “ladrões de galinha”, como os que roubam smartphones.

Os assaltos em 2016, em geral, atingiram média de 26.972 casos por mês, a maior já registrada. Para especialistas o número real de ocorrências pode chegar a até o dobro, já que parte das vítimas opta por não fazer o registro do boletim de ocorrência.


Fazem parte dessa estatística as vítimas que só registram o assalto por causa dos documentos, que normalmente são roubados juntos, e as que precisam por causa do seguro do celular. Aliás, os próprios policiais dizem às vítimas que não será possível recuperar o aparelho.

Uma estudante, que não quis se identificar, teve seu smartphone furtado quando estava com amigos em uma balada. Em casa, conseguiu rastrear a localização do aparelho, imprimiu o mapa e levou a uma delegacia próxima à sua casa, na região da Avenida Paulista. Mesmo com a localização de seu celular, os policiais não foram atrás dos ladrões e desaconselharam o registro do boletim de ocorrência. Disseram à vítima que a região onde estava seu celular era um conhecido local de compra e venda de aparelhos roubados, sendo que a busca daria em nada.

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do planeta, sem que o contribuinte tenha a devida e necessária contrapartida. O que faz dessa relação (cidadão-Estado) um assalto amparado pela legislação.

No momento em que um cidadão recorre à autoridade polícia para comunicar um crime e essa se recusa a solucionar o caso, é porque há algo errado na estrutura do governo, em especial na Secretaria de Segurança Pública.

A polícia paulista não apenas conhece o ponto em que estão concentrados os ladrões de celulares, mas se nega a ir ao local para recuperar os objetos roubados e prender os criminosos. Covardes e preguiçosos, os policiais alegam que é preciso de autorização judicial para adentrar ao local onde estão concentrados os gatunos. Com a palavra, o governador Geraldo Alckmin!

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