Lula reclama do custo para dar adeus a Fidel, mas na Lava-Jato conta com advogados caros e badalados

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Nesta matéria tomamos por base as declarações mitômanas e infundadas de Lula, o dramaturgo do Petrolão, o maior esquema de corrupção da história da humanidade. Contudo, o nosso ponto de partida não é a roubalheira deliberada que durante uma década funcionou na Petrobras, mas a morte do ditador e facínora Fidel Castro, que para alguns utópicos é considerado líder.

Fidel dizia condenar o culto à própria personalidade, mas seu funeral durará nove dias. Ou seja, a ilha do comunista permanecerá parada à sombra do funeral de um criminoso impiedoso que usou o “paredón” para enfrentar os adversários ideológicos.

Lula, como se sabe, era amigo de Fidel, a quem tinha como referência maior no comunismo bandoleiro que vem destruído a América Latina. Depois de muito suspense, o ex-presidente brasileiro anunciou, nesta quinta-feira (1), que viajará a Havana para participar dos dois últimos dias de homenagens ao ditador caribenho.

O motivo da demora da decisão de viajar a Cuba foi a questão financeira, segundo pessoas próximas a Lula. Como o ex-presidente acostumou-se a não fazer uso de voos comerciais, até porque seria hostilizado no céu, a saída encontrada foi viajar em jato executivo. Lula terá a companhia da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi apeada do poder reclamando que não conseguiria viver com uma aposentadoria no valor de R$ 5 mil. Ou seja, Dilma não poderá contar com os caraminguás da sucessora.


De carona deve viajar o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva, que está preso em Curitiba na esteira da Operação Lava-Jato e viveu em Cuba nas décadas de 60 e 70, durante a ditadura militar brasileira.

Se Lula enfrenta problemas financeiros e fretar um jato executivo para viagem internacional custa dinheiro, alguém certamente está financiando esse voo do adeus ao comandante da revolução. Talvez alguma derradeira alma caridosa que continua a vagar nos subterrâneos do Petrolão colocará a mão no bolso.

Considerando que Lula alega inocência na maior parte do tempo e diz ser perseguido político e alvo de caçada judicial, o fretamento da aeronave será pago por ele, até porque não cai bem passar o chapéu para ir ao velório do amigo, assim como não combina com a essência vestal do ex-presidente insinuar-se a endinheirados. Para ir a Cuba, os advogados de Lula tiveram de enviar ofício ao juiz Sérgio Moro informando que o cliente viajará a Havana para o funeral do facinoroso ditador.

Pois bem, se Lula reclamou de falta de dinheiro para ir a Cuba, alguém precisa explicar como o ex-metalúrgico custeia os advogados responsáveis por sua defesa no escopo da Operação Lava-Jato. Os renomados Roberto Batochio e Geoffrey Robertson (Londres), que cobram honorários à altura da fama, fazem parte da equipe. Apenas a título de comparação, contratar um bom criminalista no Brasil custa, pelo menos, dez viagens de ida e volta a Cuba em jato executivo.

Tomando por base que o fretamento de um jato executivo custa US$ 6 mil por hora e que a viagem entre São Paulo e Havana dura sete horas, na melhor das hipóteses o voo do injustiçado Lula (sic) e seus quejandos custará pelo menos R$ 300 mil. Com direito a drinques e acepipes modestos.

O mais interessante é que, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, na quarta-feira (30), Lula disse ser o maior interessado na verdade. Mesmo assim, ele recorre a um espetáculo de mitomania para justificar sua ida ao enterro do camarada Fidel. Enfim…

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