Nada pode ser pior do que o jornalismo modorrento, órfão de opinião. Talvez haja algo ainda pior: quando a opinião, na contramão do bom senso, ingressa na seara da maledicência. Fazemos esse destaque porque há uma questão envolvendo a tragédia da Chapecoense e o presidente da República, Michel Temer.
Como chefe de Estado, Temer disponibilizou a estrutura do governo para facilitar o traslado dos corpos das vítimas brasileiras a Chapecó, onde acontecerá um velório coletivo. Ao mesmo tempo, o presidente viajará à cidade catarinense para, no aeroporto municipal, participar de cerimônia reservada de recepção dos corpos e apresentar condolências aos familiares.
A discórdia está exatamente na ida de Michel Temer a Chapecó, pois parentes de algumas vítimas já afirmaram tratar-se de um desrespeito a não presença do presidente na cerimônia que terá lugar na Arena Condá. O serviço de inteligência da Presidência da República identificou uma movimentação de entidades de esquerda que pretendem promover, durante o velório coletivo, um protesto contra o governo Temer.
Considerando que o Brasil está consternado e o momento é de profunda tristeza, tudo o que for feito para manter o respeito em relação às vítimas e seus familiares deve ser considerado positivo, até porque a cerimônia fúnebre não pode ser comprometida por vaias e palavras de ordem da esquerda bandoleira. Nesta semana, os baderneiros de aluguel contratados pela esquerda deram mostras inequívocas do grau de civilidade que os move, destruindo o patrimônio público e privado como forma de protesto (sic) contra a PEC do Teto de Gastos.
No dia da tragédia, Michel Temer afirmou tratar-se de um acontecimento “infausto” e “tristíssimo”. O presidente ressaltou que o governo disponibilizou aeronave para transportar familiares das vítimas à Colômbia e que o Ministério das Relações Exteriores, José Serra, foi ao país sul-americano para providenciar o deslocamento ao Brasil dos corpos.
“Eu quero mais uma vez lamentar o infausto acontecimento que gerou o falecimento de uma equipe de futebol e vários que a acompanhavam. Para nós, é um fato tristíssimo e a única coisa que podíamos fazer era tomar providências para dar apoio às famílias que se enlutaram neste momento”, declarou Michel Temer.
O mínimo que a imprensa poderia fazer, como faz o UCHO.INFO neste momento, é apoiar a decisão de Michel Temer de recepcionar os corpos das vítimas, ao lado dos familiares no aeroporto de Chapecó, mostrando aos parentes que essa medida é sensata e respeitosa, ao contrário de algumas declarações.
Por outro lado, os veículos midiáticos alinhados ideologicamente à esquerda têm o dever de condenar a manobra dos delinquentes que patrocinaram o período mais corrupto da história nacional e levaram o Brasil à débâcle econômica, pois em momento de luto e consternação disputas políticas não cabem.
Esse comportamento covarde e rasteiro mostra a irresponsabilidade do eleitor brasileiro ao deixar o País durante treze anos nas mãos de uma facção criminosa. Nem mesmo as organizações mafiosas agem com tanto desrespeito e covardia.