Piloto do avião da tragédia da Chapecoense era alvo de mandado de prisão por deserção militar

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O piloto Miguel Quiroga, que comandava o avião que caiu na semana passada causando a morte de 71 pessoas, tinha um mandado de prisão contra si por ter desertado da Força Aérea Boliviana, informou esta segunda-feira o governo do país.

“O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandado de prisão contra si”, disse hoje o ministro boliviano da Defesa, Reymi Ferreira, segundo a agência estatal de notícias ABI.

De acordo com o ministro, Quiroga e outros quatro militares que desertaram estão a ser processados por essa conduta, mas evitaram ser detidos com a apresentação de recursos legais de ordem constitucional.


O ministro explicou que os pilotos militares assumem o compromisso de, uma vez formados, não retirarem-se da corporação até o cumprimento dos anos de serviço militar estabelecidos. Apenas em casos excepcionais pode ser analisada a baixa de um militar, o que não aconteceu com Quiroga, que não tinha justificação válida para esse procedimento. Essa é mais uma prova de que o piloto abusava do tráfico de influência, inclusive e principalmente no âmbito do governo do índio cocalero Evo Morales.

Natural de Cobija, o boliviano Miguel Quiroga, que era piloto e um dos sócios da empresa aérea Lamia, tinha 36 anos e, de acordo com informações preliminares, estava acostumado a transportar passageiros em voos arriscados, como o que terminou em tragédia a poucos minutos do aeroporto de Medellín.

Em 29 de novembro, a queda do avião da companhia Lamia causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipe brasileira, que viajou à Colômbia para disputar a primeira partida da final Copa Sul-Americana com Atlético Nacional.

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