Magno Malta rebate primarismo de Gleisi, que vê conspiração em troca de palavras entre Moro e Aécio

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O cenário de boa convivência, no melhor estilo chá da tarde no Palácio de Buckingham, já não faz parte do cotidiano do Senado Federal. As divergências partidárias e as quizilas políticas têm levado ao plenário da Casa cenas de embate explícito, com direito a provocações que nem de longe deveriam fazer parte do cardápio do Parlamento.

Senador pelo capítulo capixaba do Partido da República, Magno Malta, que não é um orador dos mais castiços, não economizou palavras para calar um de suas “companheiras” de Parlamento, a senadora petista Gleisi Helena Hoffmann (PR), também conhecida como a “Barbie do Petrolão”.

Gleisi foi “bombardeada” pela verborragia de Malta por tentar dar vulto ao mais recente jogo baixo do PT, afirmando que uma foto descontextualizada, do juiz Sérgio Moro sorrindo e conversando com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em evento público, seria uma prova do envolvimento do magistrado com os tucanos. Tese bizarra e sem nexo, que alimenta as mais insanas esperanças do PT de tirar o ex-presidente Lula das da mira do juiz que, na primeira instância do Judiciário, comanda os processos resultantes da Operação Lava-Jato.

Magno Malta afirmou que a “conspiração” enxergada por Gleisi na foto, tirada de contexto e distribuída na internet com um texto no estilo “besteirol”, só demonstra o nível de desespero que atinge o PT, partido que inconformado luta contra a própria implosão.


Esse histrionismo apelativo de Gleisi Helena mostra que os “companheiros”, assim como o próprio Lula, desistiram de qualquer tentativa séria de defesa do dramaturgo do Petrolão. Isso porque a opção pelo sensacionalismo discursivo revela que a situação de Lula beira o indefensável, já que os camaradas agora agarram-se a factoides, sem medo de serem ridículos.

“O Moro não pode conversar com o Aécio? Se ele quiser pode conversar até com o Lula. Se desejar, ele pode ir até a cadeia e conversar com o Palocci. A senadora Gleisi Hoffmann, ao tentar dar seriedade para essa bobagem só confirma o grau de desespero a que chegou o PT e seus representantes”, bradou Magno Malta.

Gleisi está encalacrada no Petrolão, no rastro das acusações de sete delatores da Lava-Jato, e na alça de mira da Operação Custo Brasil, mas perde tempo com situações esdrúxulas que servem apenas para alargar a boca da sua sepultura política.

Deveria a senadora paranaense preocupar-se em dar aos brasileiros de bem uma explicação convincente sobre a nomeação de um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão a cargo de assessor especial na Casa Civil, quando a petista chefiava a pasta.

Eduardo Gaievski, o “queridinho” de Gleisi que chegou ao absurdo de praticar sexo oral com menina de cinco anos de idade, foi incumbido, à época, de cuidar dos programas federais voltados a crianças e adolescentes. Se não foi uma tentativa de recuperar o monstro da Casa Civil, por certo foi um deboche no padrão “raposa tomando conta do galinheiro”.

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