Estado Islâmico reivindica autoria do atentado em Berlim, mas participação do grupo não está confirmada

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Autoridades alemãs estão convencidas de que o atropelamento ocorrido na noite de segunda-feira (19) em uma feira de Natal, em Berlim, foi um atentado terrorista. Logo após a tragédia que teve lugar na Breitscheidplatz (Praça Breitscheid), na região ocidental da capital da Alemanha, esperava-se que algum grupo radical reivindicasse a autoria do atentado, mas isso aconteceu quase 24 horas depois.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado, mas a demora em fazê-lo coloca em xeque essa reivindicação. “O executor da operação em Berlim é um soldado do Estado Islâmico e executou a operação em resposta aos apelos aos cidadãos-alvo dos países da coalizão”, informou, nesta terça-feira (20), a agência de notícias Amaq, que pertence ao grupo terrorista. Como o EI vem perdendo terreno na Síria e no Iraque, qualquer atentado será reivindicado pelo grupo como demonstração de força.

Em Berlim, a polícia reforçou as medidas de segurança, temendo novos desdobramentos do ataque que matou 12 pessoas e feriu outras 48, sendo que 18 estão em estado grave. Chefe da polícia de Berlim, Klaus Kandt disse informou barreiras serão construídas em várias ruas da como forma de mais segurança à população, incluindo a refgiao do mercado de Striezel, um dos mais antigos da cidade.

O procurador federal da Alemanha, Peter Frank, disse que os planos de segurança estão sendo revistos constantemente e pediu para que as pessoas mantenham a calma. As comemorações para a véspera de Ano Novo estão mantidas, mas os procedimentos de segurança serão revistos. “Nós enfrentamos um risco potencialmente sério”, declarou alertou Frank, alertando que a Alemanha estará preparada as festas de final de ano.


Os tradicionais e concorridos mercados de Natal em Berlim permaneceram fechados durante esta terça-feira, em respeito às vítimas do ataque. Possivelmente na quarta-feira (21), quando voltarem a funcionar, os mercados natalinos contarão com segurança reforçada. O ministro do Interior, Thomas De Maizière, defendeu que os mercados de Berlim sejam reabertos, alegando que os alemães não podem render-se ao medo, o que incentivaria novas ações dos extremistas.

“Não importa o que nós venhamos a saber sobre os precedentes e os motivos dos responsáveis (pelo ataque), nós não devemos deixar que eles tirem a nossa liberdade”, afirmou De Maziére.

Diante da incerteza dos investigadores sobre a participação de um suspeito – detido, mas já liberado – no ataque, o clima de insegurança volta a tomar conta de Berlim, pois o culpado é extremamente perigo e continua em fuga. Por conta disso, autoridades alemãs emitiram um alerta à população, pedido que qualquer atitude suspeita seja imediatamente informada aos órgãos competentes.

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