Sérgio Moro participará de debate em Portugal ao lado de juízes que combatem a corrupção

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Os juízes Sérgio Moro (Brasil), Carlos Manuel Lopes Alexandre (Portugal) e Baltasar Garzón (Espanha), na companhia do ex-procurador Antonio di Pietro (Itália), participarão, de debate durante as Conferências do Estoril, em maio próximo. O anúncio foi feito na última quinta-feira (12) por Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, durante evento em que apresentou os principais acontecimentos que acontecerão ao longo de 2017 na bela e aprazível cidade lusitana.

No painel de convidados estão também o cineasta e roteirista norte-americano Oliver Stone e o político britânico Nigel Farage. Refugiado na Rússia, o analista de sistemas Edward Snowden participará por videoconferência.

Baltasar Garzón esteve à frente do processo que condenou à prisão o ex-presidente chileno Augusto Pinochet pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Juiz desde 1981, seu currículo é marcado por comandar processos de corrupção, crimes contra a Humanidade e terrorismo, o que lhe permitiu conquistar a admiração dos espanhóis e a título de “juiz-estrela”. Garzón também esteve à frente de processos sobre narcotráfico e contra os terroristas bascos da ETA, tendo papel preponderante no desmantelamento do partido Batasuna e de vários órgãos de comunicação social da Catalunha.


A atuação de Baltasar Garzón no Direito Internacional ganhou destaque com a acusação de genocídio contra oficiais argentinos pelo desaparecimento de cidadãos espanhóis entre 1976 e 1983 e pelo caso Guantánamo, em processo contra dois cidadãos espanhóis por suspeita de pertencerem à célula espanhola da Al-Qaeda e o respectivo pedido de extradição para o campo de detenção norte-americano em Cuba.

O português Carlos Alexandre ganhou o noticiário internacional não apenas por ser responsável pelos processos resultantes da “Operação Marquês” que ainda investiga casos de corrupção em Portugal e no Brasil, mas por determinar a prisão do ex-ministro José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, acusado de envolvimento com a enrolada Odebrecht. O italiano Antonio di Pietro atuou como promotor público na “Operação Mãos Limpas”. Em 1996, Di Pietro ingressou na carreira política e dois anos mais trade fundou um novo partido político na Itália.

Sérgio Moro, como sabem os leitores, é responsável na primeira instância da Justiça brasileira pelos processos originados pelas investigações da Operação Lava-Jato, deflagrada em março de 2014 e que desmontou o maior esquema de corrupção da história da Humanidade. Em 2016, Moro foi eleito pela revista “Fortune” como o 13º maior líder global, enquanto a “Time” nominou- um dos 100 homens mais influentes do planeta.

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