2016 foi o ano mais quente já registrado desde o século 19

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O ano de 2016 foi o mais quente já registrado desde que as primeiras medições em escala global começaram a ser feitas, ainda no século 19. Esse também foi o terceiro ano consecutivo em que o recorde foi quebrado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18) pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), que comparou as medições do ano passado com registros que remontam a 1880.

De acordo com a agência, a média de temperatura da Terra em 2016 ficou 0,94°C acima da média registrada em todo o século 20, que foi de 13,9°C. Em relação a 2015, as temperaturas ficaram 0,04°C acima. Ainda segundo a NOAA, no século 21 já foram registradas cinco quebras de recordes (em 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016). Entre os dez anos mais quentes da história dos registros, apenas um, 1998, pertence ao século passado. Naquele ano, o fenômeno meteorológico El Niño foi especialmente forte.

A organização também compilou outros dados preocupantes, apontando que, por exemplo, tanto no inverno quanto na época do degelo, a superfície de gelo do Ártico atingiu a sua menor extensão desde 1979, quando os dados começaram a ser registrados com regularidade. Já na Antártida, no inverno, a extensão do manto de gelo oceânico foi a décima mais baixa, e no degelo foi registrado o nono mínimo em termos de área coberta de gelo.

A América do Norte também registrou o seu ano mais quente desde que registros continentais começaram a ser feitos, em 1910. Para a Europa, 2016 foi o terceiro ano mais quente, depois do pico de 2014 e do segundo lugar de 2015, ou seja, os últimos três anos tiveram as mais altas temperaturas dos últimos 107 anos.


Alguns países também registraram recordes individuais. Na Índia, por exemplo, a cidade de Phalodi registrou a temperatura de 51°C em 19 de maio, a mais alta já verificada no país. O mesmo ocorreu em países como o Irã e o Iraque, que registraram temperaturas superiores a 53°C.

Em partes da Rússia ártica, as temperaturas registradas foram de 6°C a 7°C mais altas que a média, segundo o texto. Em outras regiões árticas e subárticas da Rússia, do Alasca e do noroeste do Canadá, elas ficaram pelo menos 3ºC acima da média.

O aumento de temperaturas foi associado a registros recordes em outros fenômenos, como a diminuição do gelo ártico e incêndios florestais, e ao aumento de fenômenos extremos, como ciclones, maremotos e secas.

Os dados de 2016 elaborados pela NOAA foram atestados pela Organização Meteorológica Mundial, uma agência ligada às Nações Unidas. (Com agências internacionais)

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