Depois de agir com desdém diante da morte de Teori Zavascki, Gleisi ataca petistas que ignoram o “golpe”

(Jefferson Rudy - Agência Senado)
(Jefferson Rudy – Agência Senado)

Definitivamente a senadora petista Gleisi Helena Hoffmann é o que se pode chamar de aberração do mundo político nacional. Para piorar esse cenário, Gleisi insiste em destilar bizarrices, as quais servem para desconstruir com impressionante velocidade a imagem de alguém que está longe de ser o que tenta aparentar.

Após lamentar, com doses de ironia, a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a abertura de dois inquéritos por corrupção contra ela e o marido, Gleisi passou a atacar setores majoritários do PT, os quais estão dispostos a apoiar um candidato a presidente da Câmara dos Deputados ligado à base de sustentação do Palácio do Planalto na Casa.

A postura belicosa de Gleisi, que contraria posições adotadas pelo próprio Lula, seu guia político, tem várias razões. Uma delas é que uma aliança do PT com os “golpistas” a desmoralizará de forma irremediável. Afinal, a senadora passou meses esgoelando-se no Senado e em fóruns, dentro e fora do Brasil, para denunciar que Dilma teria sido derrubada por um “golpe”.

Ao posicionar-se a favor de aliança com o grupo do presidente Michel Temer, o PT comprova o que todos sabiam. O “golpe” nunca existiu, Dilma sofreu um impeachment à sombra de processo perfeitamente legal e dentro das regras do jogo democrático.


Desesperada com a possibilidade de ficar clamando no deserto, Gleisi Hoffmann divulga pronunciamentos nas redes sociais condenando o “golpe” do próprio PT contra ela, como se sua pregação fosse a última palavra do universo.

“Reafirmo minha posição de não fazer nenhuma negociação ou acordo para garantir a participação e um apelo a nossos colegas para que se posicionem dessa maneira. Precisamos resgatar a esperança no PT”.

Gleisi deveria preocupar-se com outros assuntos, como, por exemplo, explicar aos brasileiros de bem os motivos que a levaram a nomear um pedófilo conhecido a cargo de confiança na Casa Civil da Presidência. Eduardo Gaievski, amigo de Gleisi, foi condenado a mais de cem anos de prisão e deve receber penas semelhantes por outra leva de crimes de pedofilia.

Gaievski, que, entre tantos crimes, chegou a praticar sexo oral com uma criança de apenas cinco anos, foi escolhido pela senadora e então ministra para coordenar os programas do governo federal destinados a crianças e adolescentes. Tudo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”.

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