Operação Eficiência: eventual delação do foragido Eike Batista mandará PT, PMDB e PSDB pelos ares

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Após adotar a letra “X” como símbolo do efeito multiplicador dos seus questionáveis negócios, o empresário Eike Batista, alvo da Operação Eficiência – segunda fase da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro – já é considerado um foragido da Justiça. Isso porque na manhã desta quinta-feira (26), ao tentar cumprir mandado de prisão, a Polícia Federal não encontrou o empresário em seu endereço residencial.

Possivelmente com informações privilegiadas sobre a operação policial, Eike teria viajado a Nova York na última terça-feira (24) usando um passaporte alemão, já que é detentor de dupla cidadania. Seu advogado disse que o empresário deve se entregar nas próximas horas, seja à PF ou à Interpol, e que o mesmo mantém sua disposição de colaborar com as investigações.

Em 2016, perante o juiz federal Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos resultantes da Lava-Jato, Eike Batista deixou clara a sua intenção de falar sobre os bastidores do maior esquema de corrupção da história da Humanidade, o malfadado Petrolão.

No caso de Eike, após a consumação da sua prisão, decidir soltar a voz e revelar o que sabe sobre esquemas de corrupção envolvendo políticos conhecidos, por certo o País entrará em nova e conturbada crise, pois é grande o número de envolvidos na roubalheira sistêmica. Tanto é assim, que as investigações apontam que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), preso na Operação Calicute, acumulou no exterior aproximadamente R$ 340 milhões.


Um eventual acordo de colaboração de Eike Batista – é possível diante do fato de o empresário não ter vocação para o cárcere – colocaria vários partidos na linha de tiro, começando pelo PT, PMDB e PSDB. Não se pode esquecer que, durante os desastrosos governos de Lula e Dilma Rousseff, o “Senhor X” circulava com excesso de desenvoltura nos bastidores do poder central, com direito a participação em eventos oficiais e viagens com a presença de ambos os outrora presidentes.

A prisão de Eike Batista, que já está sendo negociada com as autoridades brasileiras, ressuscita para o palco da Operação Lava-Jato dois personagens conhecidos da era petista: Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, e Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES.

Certa feita, Mantega pediu a Eike Batista uma “contribuição” no valor de R$ 5 milhões para cobrir despesas da campanha de Dilma Rousseff. Como o empresário tinha interesses em manter as relações com o governo, esse repasse de valores por certo aconteceu de forma ilícita, o que complica sobremaneira o PT e seus próceres.

Considerando que a delação de Eike será questão de tempo, o ex-governador do Rio de Janeiro não terá outra opção, que não a de também aderir à colaboração premiada, caso queira, algum dia, conseguir reencontrar a liberdade. Se isso de fato acontecer, não sobrará pedra sobre pedra na política nacional.

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